O luto e o que ele traz de lição

25.9.13

Uma das coisas mais difíceis da vida adulta é conviver com a morte. Saber que as pessoas próximas, que enchem sua vida de brilho, uma hora vão partir é duro demais. Mas é uma realidade, um fato. É o tipo de coisa que sabemos que, mais dia, menos dia, vai acontecer. O pior é que a gente nunca parece conseguir processar a perda de uma pessoa querida.

Não importa se ela passou anos lutando contra um câncer ou se morreu de repente. A despedida é igualmente dolorosa, dolorosa demais. Meu trauma em relação ao tema vem desde a primeira vez em que perdi minha avó, a primeira pessoa da família que eu vi partir. Saber que ela nunca mais me daria um abraço, um beijo ou um conselho foi algo mortal. Saber que nunca mais coçaria seu braço, um carinho íntimo, só nosso, deixou uma rachadura no meu coração. Que dura até hoje.

Foram semanas sofrendo, chorando, sonhando com ela. Fiquei paralisada ao vê-la ali, no caixão. E nunca mais me recuperei. E toda vez que alguém próximo morre, o máximo que consigo é dar um abraço nos familiares que ficaram.

Não gosto de ver caixão, acompanhar velório, nem de participar de enterro. Talvez por isso admire tanto a cultura mexicana. Acho que gostaria de ser como eles. De celebrar a morte. Ou, ao menos, de não encará-la como algo tão devastador.

A notícia de que mais uma pessoa querida se foi me atingiu em cheio ontem à noite. Sinto-me mais uma vez perdida, arrasada. Nessas horas, esforço-me para tentar tirar uma "lição" da morte. E acabo sempre pensando em duas coisas.

Primeiro, TEMOS que aproveitar cada minuto desta vida. Curtir a família e os amigos. Viajar. Beijar. Abraçar. Dizer 'eu te amo'. Rir e chorar. Estudar, ler, romancear. Dormir tarde ou aproveitar a manhã. Ter filhos ou não. E, principalmente, devemos dizer às pessoas importantes o quanto elas nos são caras. Afinal, amanhã elas podem não estar mais aqui.

Segundo, viver o trauma de perder alguém nos faz dar menos importância aos outros problemas da vida. Briga com chefe e coração partido ganham status de bobagem, automaticamente. Não quer dizer que não sejam coisas relevantes. Muito menos quer dizer que não se possa lamentar, chorar, reclamar ou brigar. Mas, diante de algo tão heartbreaking e definitivo, o resto é o resto.

E quanto menos problemas a gente carregar, quanto menos energia ruim arrastarmos, melhor. Mais tempo para ser feliz e aproveitar a vida. Tio, vá em paz. Parabéns por ter vivivo uma vida tão bacana. E obrigada por me fazer lembrar do valor da vida.

Bolo de limão galego e sementes de papoula

23.9.13

O João Gil havia me prometido limões. Mas não limões quaisquer. Limões da roça dele. Limões galegos.

Pensa em uma pessoa feliz!

Limão já é lindo. Imagina então quando é laranjinha, em tamanho baby e perfumado como flor!

Tê-los em casa foi um prazer. Eram muitos, mas duraram pouco. Rolou suco, caipirinha e bolo. Um bolo delicioso, diga-se de passagem. Pena que a cozinheira aqui, ensandecida por limones, colocou mais suco do que o pedido e "estragou" a receita.

Enfim, ficou uma delícia!

Só ficou feio.

Afundado no meio.

Cheio de furos.

E moreno demais no fundo e nas laterais (mas aí foi culpa do teflon).

Nada que uma boa gordinha não releve.

A receita original usa sementes de papoula. São lindas. Adoro! Mas estavam caras demais, então foi sem.

Espero que você goste e que sua receita fique bonita e certinha!

Bolo de limão galego e sementes de papoula

Ingredientes
2 limões galegos
3 ovos
170g de açúcar
180g de farinha de trigo peneirada
150g de manteiga sem sal derretida
3 colheres (chá) de fermento em pó
Pitada de bicarbonato de sódio
1 colher (sopa) de sementes de papoula

Modo de preparo

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte e polvilhe uma forma de bolo inglês. Raspe a casca de um dos limões (eu coloquei as raspas dos dois) e esprema o suco dos dois. Em uma tigela, coloque os ovos e o açúcar e bata bem, até que a mistura engrosse e comece a espumar. Aos poucos, acrescente a farinha de trigo peneirada e a manteiga derretida. Nessa etapa, utilize uma colher de pau para misturá-las. Não bata. Com uma espátula, incorpore à massa o fermento, o bicarbonato, as raspas, o suco e as sementes de papoula. Misture só o suficiente para que fique bem misturado. Coloque tudo na forma e asse por aproximadamente 40 minutos. Faça o teste do palito.

Hummus de manjericão

18.9.13

Ainda que eu adore cozinhar e provar novos pratos, também sou louca por coisas prontas "bem feitas". Quando digo prontas, quero dizer coisas que não me deram trabalho algum. Ou seja, algo que se come em restaurante, que alguém preparou para mim ou que se compra pronto (o que eu nunca faço, a não ser no caso de comida japonesa). E quando digo "bem feitas", entre aspas, quero dizer algo gostoso, rico, mas que não é necessariamente bem feito no sentido politicamente correto do termo (afinal, tem muita comida calórica e cheia de aditivo que pode ser considerada um bomba viva, nada bem feita, mas que com certeza amolece meu coração e acalma meu estômago).

E tem uma porcaria que me tira do sério. O dippas de frechn onion do Doritos. Sério. Toda vez que vejo esse minipote verde, tenho vontade de beijá-lo. E também de sair correndo. Afinal, se, toda vez que o vir, eu ceder ao impulso, ferrou. Vou virar uma bola de banha ambulante.

Sou tão obcecada com esse treco que poderia comê-lo no café da manhã, no almoço e no jantar. Ah, e nos lanches entre as refeições também. Poderia, literalmente, viver desse dip. E de farofa, claro.

Por isso, vivo atrás de receitas de patês ou pastas que sejam mais saudáveis e me mantenham por mais tempo longe do meu vício.

Foi procurando por distração que encontrei esta receita de hummus de manjericão. Ela é densa, tem textura, é verde (quase da cor do potinho de dippas!!) e saborosíssima! Foi amor à primeira prova. E não só comigo. Quem estava por perto e experimentou também ficou de joelhos.

A base é grão de bico. Como morro de preguiça de cozinhá-lo e depois soltar a pele um por um, compro o vidro de grão de bico pronto, já cozido (mas deixo a dica para quem quiser fazer tudinho, tudinho).

Fica mais fácil ainda. Quer dizer, tem o manjericão, que sempre dá um pouco de trabalho, afinal ele exige que você arranque as (malditas) folhinhas minúsculas uma a uma. Se não fosse por isso, este hummus ficaria pronto em meio segundo.

Honestamente, eu ainda vou inventar uma linhagem nobre de manjericão com folhas do tamanho da alface.

Enjoy!

Hummus de manjericão e castanha do pará

Ingredientes
300g de grão de bico cru (ou 2 potes em conserva, de 400g cada, escorridos)
Bicarbonato de sódio (opcional)
4 copos de manjericão fresco (só as folhas)
½ copo (americano) de azeite de oliva extravirgem
100g de castanha do Pará
Suco de 2 limões
3 dentes de alho
Sal e pimenta do tipo Tabasco ou Sriracha

Modo de preparo

Na véspera, ponha os grãos de bico de molho em bastante água. Se você tiver bicarbonato de sódio em casa, ponha uma colher de sobremesa na água. Isso vai ajudar a amolecer as peles dos grãos de bico. No dia seguinte, escorra os grãos e ponha-os em uma panela grande com água, sal e mais uma colher de bicarbonato. Leve ao fogo médio e cozinhe até os grãos estarem bem macios. Isso pode levar de uma a duas horas; vai depender da qualidade e do frescor do grão de bico que você usar. Escorra e reserve os grãos.

Pré-aqueça o forno a 180oC. Leve as castanhas ao forno por uns 10 minutos ou até elas estarem ligeiramente douradas. Retire do forno, pique grosseiramente e reserve. Na vasilha do processador, ponha os grãos de bico escorridos, o manjericão, o alho picado, o azeite, as castanhas (reserve algumas para decorar) e o suco de um limão. Processe toda a vida até formar um creme bem liso. Isso pode demorar! Se sua máquina esquentar, desligue-a, deixe-a esfriar e volte a processar. Queremos uma pasta bem lisa. Pare o processador e prove. Adicione o segundo limão. Tempere com sal e alguma pimenta vermelha, tipo Tabasco ou Sriracha. Provavelmente o hummus vai estar grosso demais apesar do suco dos dois limões: use então um pouco de água para diluir. Vá adicionando com o processador ligado, aos poucos, até obter a consistência desejada. Pare de novo a máquina, ajuste o tempero e sirva à temperatura ambiente, com pedaços de pão pita e/ou torradinhas.

(Foto do Simplesmente Delícia, de onde saiu mais esta receita! A Flavia, dona do blog, é inspiradora)

Omelete de maçã

16.9.13

Dia desses, comprei um saco de maçãs no supermercado, daqueles que já trazem as frutas selecionadas. É que as avulsas estavam terríveis: feias, machucadas, murchas... Sem me dar conta, acabei criando um problema. Como devorar todas aquelas maçãs antes que apodrecessem? Haja boca (e estômago) pra tanta fruta!

A primeira coisa que fiz foi, naturalmente, incluir a maçã na minha dieta diária. Sem chance de alternar entre uma fruta e outra. Como vi que não seria suficiente, parti para uma segunda estratégia: aproveitar a maçã em receitas.

Comecei por tentar imitar um suco que minha amiga provou no Maori (uma lanchonete natureba daqui de Brasília). Eles misturaram maçã, amora e canela! Pensa em um suco bom! Além daquela cara roxa linda, a bebida era de um sabor absolutamente surpreendente e refrescante! A canela ficou di-vi-na no suco!

Aqui, um parênteses. O suco que fiz em casa ficou bem diferente do original. Acho que eles usaram um suco pronto de maçã, daqueles orgânicos. Como usei maçãs de verdade, o negócio virou uma vitamina, toda empelotada. Mesmo coando. Mas a canela continuou di-vi-na. Rs! Prometo tentar fazê-lo de novo, desta vez com o suco pronto, e aí conto como ficou.

Ainda assim, sobraram maçãs. Foi então que resolvi executar outra receita do Simplesmente Delícia, que estava na minha to do list.

Uma omelete de maçã. Simples, cheirosa e reconfortante.

Um dia à noite, cansada demais para fazer uma janta decente, parti para a omelete. Achei que merecia jantar um doce. Coisa de mulher com TPM.

Espero que gostem!

Omelete de maçã

Ingredientes
2 maçãs pequenas
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
2 colheres (sopa) de açúcar
3 ovos
1 ou 2 colheres (sopa) de Grand Marnier ou rum

Modo de preparo

Descasque as maçãs e pique-as em pedaços pequenos ou médios, conforme a preferência. Em uma frigideira, derreta a manteiga. Junte as maçãs picadas e uma colher de açúcar e refogue em fogo médio, até elas estarem ligeiramente caramelizadas e macias. Enquanto isso, ponha os ovos, a outra colher de açúcar e o álcool (se for usar), em uma pequena vasilha e bata com um garfo somente até juntar bem todos os ingredientes. Quando as maçãs estiverem macias (basta espetar com um garfo para saber), derrame devagar os ovos em cima delas, abaixe o fogo e cozinhe por 10 minutos ou até os ovos secarem por cima. Polvilhe com açúcar e sirva imediatamente.

Bolo de limão, mirtilo e cream cheese

12.9.13

Quando encontrei esta receita na internet (não sei o que seria de mim ou da minha cozinha sem o Pinterest), achei que fosse preparar um pão. Pelo menos, é o que garantia o título da receita.

Mas, quando saí em busca dos ingredientes, vi que aquele era um pão muito louco. Um pão com cara de bolo. Cara de bolo bom. Bom, diga-se de passagem, porque leva limão.

Sei que parece insano gostar de uma receita só porque ela leva limão, mas, fazer o quê? Nunca fui muito normal mesmo.

Não sei quando me apaixonei por receitas com limão. Ou se sempre fui apaixonada por elas e nunca soube. Só sei que basta ter suco ou raspa de limão na iguaria que eu, automaticamente, me rendo.

Risoto de limão. Frango marinado no limão. Bolo de (com) limão.

Amo. Amo. Amo.

Engraçado que essa regra não vale para a laranja, também uma fruta cítrica e prima do fuefo do limão. Vai entender.

Além do limão, esse bolo leva mirtilo, a fruta hit do momento (pelo menos, do meu momento).

Roxinha, pequena, azedinha. Hummmm...

Congelada, fica perfeita com uma colher bem servida de doce de leite argentino.

Melhor parar de pensar nisso tão cedo. Já estou salivando e falta um milhão de anos até chegar em casa e poder cair de boca no meu bolo delícia.

Bolo de limão, mirtilo e cream cheese

Ingredientes
1 1/4 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento
1/4 colher (chá) de sal
1/2 xícara (chá) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
115g de cream cheese, temperatura ambiente
2/3 xícara (chá) de açúcar
2 ovos grandes
1 colher (sopa) de extrato de baunilha
2 colheres (sopa) de raspas de limão
1 xícara (chá) de mirtilos frescos

Creme de cream cheese
115g de cream cheese, temperatura ambiente
4 colheres (sopa) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
1 1/2 xícara (chá) de açúcar de confeiteiro
1 colher (chá) de extrato de baunilha

Modo de preparo

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte uma forma de bolo inglês. Em uma vasilha média, misture a farinha, o fermento e o sal. Reserve. Em uma batedeira, misture o cream cheese, a manteiga e o açúcar, por uns dois minutos. Adicione os ovos, um a um. Acrescente a baunilha e as raspas de limão. Junte a mistura de farinha à da batedeira. Misture com uma espátula, gentilmente, até que esteja bem misturado. Por último, acrescente o mirtilo. Transfira para a forma e asse por 55-65 minutos. Deixe esfriar por pelo menos 30 minutos e desenforme.

Para a cobertura, misture a manteiga com o cream cheese. Assim que estiver bem misturado, acrescente o açúcar e bata em velocidade baixa. Por último, coloque o extrato de baunilha. Coloque por cima do bolo e leve à geladeira para firmar. Detalhe: eu não levei à geladeira. Eu fiz o bolo e deixei o creme à parte, em uma vasilha. Afinal, todo mundo merece comer cobertura à vontade, sem ter que roubar do pedaço do outro (e também porque o bolo ainda estava quente e tinha uma formiguinha ansiosa e faminta lá em casa).

A cozinha é o meu termômetro

10.9.13

Eu sei que as coisas vão mal quando sequer tenho pique para ir pra cozinha, quando não me animo nem para lavar louça.

Quando fico bem baixo astral, nem minha maior paixão dá jeito. E se nem a cozinha resolve, meu irmão, pode saber que o caos está instalado.

Ultimamente, ando assim, desanimada. Os dias passam e nem sinal de algum borogodó.

Pior é que está assim na vida profissional e na pessoal.

Profissionalmente, ainda que a indignação só cresça, há pouco a fazer. Quanto mais eu sonho com um local de trabalho positivo, repleto de pessoas dedicadas, mais assombração aparece. Tenho até pavor de levantar o tapete e espiar o tanto de poeira varrida para baixo do dito cujo. Mas, claro, logo me dou conta de que o mundo é assim: não faltam pessoas encostadas, mau caráter, oportunistas, invejosas. O problema é que tem muito mais gente assim do que deveria haver. Elas andam em bandos e se multiplicam num piscar de olhos. Dá medo.

Mas, tudo bem. Se não tem remédio, remediado está. Dane-se o profissional. Mas e quando até o pessoal está arrochado? Aí, acabou. Pode enterrar.

Eu me sentia assim. Sugada. Sem forças. Vítima de inúmeras rasteiras. Para minha surpresa, grata surpresa, eu consegui levantar, sair da cama e chegar à cozinha. Fiz suco de abacaxi e omelete de maçã. Opa, peraí! Isso significa que não estou tão mal assim. E acabei de descobrir por quê.

Apesar da macumba forte, da inveja baixa e do tratamento na ponta da faca, estou bem. Apesar da superficialidade dos relacionamentos, do mundo de aparências e do desrespeito ao outro (e a si mesmo, como não?), estou bem.

Sabe como é. Santo forte.

Por isso, você que quer me ver perdida, deprê e escanteada, pode tentar. Mas já aviso que vai sair perdendo.

Sabe o que isso significa, cozinha?

Continuo sendo toda sua: por inteiro e mais fiel do que nunca.

O melhor bolo de chocolate da história

8.9.13

Eu sei que o título diz que este é o melhor bolo de chocolate da história. Mas, gente, não é por nada. Acho que nunca vou ter coragem de pôr um fim na minha busca pelo bolo de chocolate perfeito.

Não que ele não exista. E não que eu ainda não tenho provado deliciosos bolos de chocolate.

É que bolo de chocolate é tão bom que não vale a pena parar de procurar.

É bom demais testar cada nova receita, ficar na expectativa quanto ao sabor, passar horas se deliciando com o cheiro que cada um deles deixa em casa...

Isso posto, posso dizer que esta receita é daquelas coringas. Deliciosa, prática e ainda fica linda. De tão boa, já recebi até encomenda.

Não perca tempo e se afunde nesse mar de chocolate.

Algumas observações. Na receita, a dica é assar a massa em duas formas e usar parte da cobertura como recheio entre os dois discos de chocolate. Aposto que deve ficar ainda melhor. Eu, por falta de formas redondas idênticas, fiz em uma só. E pulei o recheio (puro medo de rachar e destruir um bolo tão fofo!). Fiquei só na cobertura mesmo. E ainda assim ficou divino!

O melhor bolo de chocolate da história

Ingredientes
Massa
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
¾ xícara (chá) de cacau em pó
2 colheres (chá) de fermento
1½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de pó para café expresso
1 xícara (chá) de leite
½ xícara (chá) de óleo vegetal
2 ovos
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
1 xícara (chá) de água fervendo

Cobertura
1½ xícara (chá) de manteiga
1 xícara (chá) de cacau em pó
5 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro
½ xícara (chá) de leite
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
½ colher (chá) de pó para café expresso

Modo de preparo

Pré-aqueça o forno a 180oC. Separe duas formas redondas e unte-as. Para o bolo, misture a farinha, o cacau, o fermento, o bicarbonato, o sal e o café em pó na batedeira. Adicione o leite, o óleo, os ovos e a baunilha e misture bem. Reduza a velocidade e acrescente a água fervendo à mistura. Bata em velocidade alta por um minuto para aerar a massa. Distribua a mistura nas duas formas e asse por 30 minutos. Tire do forno e deixe esfriar por 10 minutos. Desenforme.

Para a cobertura, junte o cacau com a manteiga derretida. Adicione o açúcar e o leite, adicionando 1 xícara de açúcar seguida por uma colher de sopa de leite. Assim que adicionar os dois ingredientes, aumente a velocidade da batedeira e bata por um minuto. Repita a operação até terminar de juntar os ingredientes à batedeira. Junte a baunilha e o café. Se ficar muito seco, coloque mais leite, uma colher de sopa de cada vez. Se estiver muito molhado, adicione mais açúcar, também uma colher de sopa por vez.

(Olha como fica lindo com o recheio!)

O meu bolo ficou assim:

Granola de Cacau e Chocolate

3.9.13

Gente, pára tudo! Estou ficando impossível! Impossível na cozinha!

É que, agora, não me satisfaço apenas com cozinhar coisas "normais". Agora eu parti para novos desafios. Adentrei rumos nunca dante desbravados. Sinto-me uma colonizadora gastronômica.

É óbvio que, para qualquer pessoa boa de cozinha, eu não passo de uma picareta. Ou de uma iniciante empolgada.

Mas, para mim, eu sou legal. Sou massa. E ando merecendo uma estrelinha.

Meu momento atual é roots, natureba. Sinto-me uma defensora da natureza. Ou uma combatente dos conservantes e aditivos químicos.

Passei a me preocupar com o que coloco pra dentro.

Vocês se lembram de como fiz minha própria geleia de morango, né? Então, dá mais trabalho do que comprar no supermercado, mas posso dizer que sei exatamente que ingredientes há na minha geleia. E, garanto, não há nada tóxico. Fora que ela é mara!

Agora, para minha surpresa, dei conta de fazer minha própria granola. U-hu! Tudo bem que ela não é a mais light de todas, afinal, leva um chocolatezinho. Mas aí são outros quinhentos. Nada a ver com conservantes e tosqueiras relacionadas. O chocolate é apenas para satisfazer minha lombriga interna - e, convenhamos, chocolate amargo é do bem!

Quer saber aonde vou parar? Nem eu sei. Só sei que, em breve, vou fazer meu próprio iogurte grego.

Ah, esta é mais uma receita do Simplesmente Delícia!

Aproveitem!

Granola de cacau e chocolate

Ingredientes
1/3 copo (americano) de cacau em pó
1/3 copo (americano) de água
500g de aveia em flocos
1/3 copo (americano) de óleo de girassol ou canola
1/3 copo (americano) de mel
¼ copo (americano) de açúcar mascavo
¼ colher (sobremesa) de pimenta do reino moída
½ colher (sobremesa) de sal
½ colher (sobremesa) de canela
200g de chocolate meio-amargo (de preferência Garoto Cacau 55%) ou gotas

Modo de preparo

Pré-aqueça o forno a 160oC. Forre um tabuleiro grande com papel manteiga e reserve. Peneire o cacau e ponha em uma vasilha pequena. Ferva a água e despeje no cacau até formar uma pasta. Reserve. Em outra panela, misture o óleo, o mel e o açúcar. Leve ao fogo baixo e esquente, misturando sempre, até o açúcar dissolver. Desligue o fogo, adicione a pimenta, o sal e a canela. Em seguida, junte o cacau pastoso e misture até estar bem homogêneo. Ponha a aveia em uma vasilha grande e derrame nela o líquido. Misture bem com uma espátula para que todos os flocos estejam bem envoltos na mistura. Coloque no tabuleiro preparado, espalhando bem. Leve ao forno por 15 minutos. Retire o tabuleiro do forno, misture de novo e leve ao forno por mais 15 minutos. Retire o tabuleiro do forno e deixe esfriar totalmente. Pique o chocolate em pedaços bem pequenos e adicione à granola somente quando ela estiver totalmente fria. Guarde em uma vasilha bem tampada. Aproveite!

*Ju, obrigada por ser uma influência tão positiva em minha vida! Rs!

Bolinho de Milho e Bacon

2.9.13

Volta e meia me pego pensando em uma entradinha diferente para servir nos jantares que faço. Ou então para levar de petisco para a casa de alguma amiga. Ou até para acalmar meu estômago ávido por novidades.

E, na maior parte das vezes, acho coisas ou muito simples (nada contra a simplicidade! Uma das minhas entradas favoritas é a versão palito da salada caprese. Mas tem dia em que o corpo pede algo com mais sustância, digamos) ou muito elaboradas (e já deu para perceber como detesto gastar horas na cozinha para preparar uma só coisa).

Dia desses, às vésperas de um evento, saí fuçando meus blogs de receita favoritos e pum! Dei de cara com algo que parecia maravilhoso! Um bolinho de milho e bacon.

Confesso que só de ver bacon no nome da receita já me animei. Tudo bem que ele é uma droga forte, nada recomendada. Segundo uma reportagem que minha irmã Fefê me mandou hoje, ele é um dos 10 piores alimentos para a saúde de qualquer um. Mas nada esquenta meu coração como bacon. Ai, ai...

E não é que a receita, além de simples, ficou de-li-cio-sa?

Quer dizer, o único problema é que ela ficou meio branquela. A receita dizia para deixar 25 minutos no forno. Claro, considerando um forno normal. Coisa que o meu não é. O meu é de lua, esquisito, mal humorado e surtado, no que diz respeito à temperatura. Já conhecendo a peça, deixei 40 minutos lá dentro. Ainda assim, achei que faltou um bronze para coroar a peça.

Como boa cabeça gorda que sou, da próxima vez que fizer a receita vou testar uma nova "versão". Vou pegar a massa, fazer bolinhas, passar no panko (uma farinha de rosca japonesa em flocos) e fritar! Afinal, bacon combina com fritura, que, por sua vez, combina com uma boa gelada (também vai bem com caipirinha, minha gente)!

Começou a salivar? Então espere só até preparar esse bolinho em casa!

Bolinho de milho e bacon

Ingredientes
50 ml de óleo de canola
1 cebola pequena, picada
300g de bacon defumado, fatiado e bem picado
320g de milho
225 ml de iogurte desnatado
½ colher (chá) de Tabasco
1 ovo
1 abobrinha grande (200 gramas aproximadamente), ralada
125g de farinha de milho pré-cozida
150g de farinha de trigo
1 colher (chá) rasa de açúcar
3 colheres (chá) de fermento
1 boa pitada de sal

Modo de preparo

Em uma frigideira, aqueça o óleo, junte a cebola e refogue. Reduza a chama e deixe cozinhar por 5 minutos. Junte o bacon picado e refogue por mais 5 minutos. Adicione o milho e cozinhe por mais 5 minutos. Retire do fogo, coloque em uma vasilha grande e deixe esfriar por pelo menos 15 minutos. Após esse tempo, junte o iogurte, o tabasco e o ovo. Em seguida, adicione a abobrinha ralada e a polenta. Misture até formar uma massa homogênea. Por último, incorpore a farinha, o açúcar, o fermento e o sal.

(Antes de ir ao forno)

Pré-aqueça o forno a 180°C. Prepare um tabuleiro com papel manteiga, unte de manteiga e polvilhe farinha. Despeje a massa e leve ao forno por pelo menos 25 minutos. Lembre-se de deixar esfriar antes de cortar em pedaços. Fica delicioso à temperatura ambiente ou ligeiramente aquecido.