Dia desses fui a um restaurante novo na cidade. Badaladinho. Com uma proposta ousada. Interessante. E dei carta branca ao chef.
Gosto de ser surpreendida, sabe? Ajuda a conhecer melhor o que há por trás de quem cozinha. E me força a provar coisas diferentes. O problema é que o risco é grande.
Como esperado, saí decepcionada. Nada contra o chef. Ou as origens dele. Ou a proposta de culinária regional reinventada. Mas, enfim. Não funcionou pra mim.
E aí, veio este artigo: O que é ser 'o melhor restaurante do mundo'?, do Rogerio Fasano.
Penso exatamente como o Fasano. Tenho horror a nitrogênio líquido. A comida molecular. E a espumas de todos os tipos (e esse restô novo tinha umas coisas assim, ousadas demais pra mim). E é por isso que escolher o melhor restaurante do mundo é difícil.
Aliás, até dar dicas sobre onde comer é problemático. Porque comida é uma coisa muito pessoal. Quase como escolher um namorado. Cada um gosta de uma coisa. E não tolera outras.
Eu, por exemplo, detesto firulas. Detesto chefs estrelas. Detesto obra de arte no lugar de comida que satisfaz. Detesto riscos, traços, porções que cabem no buraco dos dentes.
Gosto de comida boa. Básica. Daquelas que conquistam pela qualidade da matéria-prima. Que exigem conhecimento do chef para ressaltar o que elas têm de melhor. Porque são elas que fazem meu coração bater mais rápido.
Tomara, então, que a gastronomia continue se arriscando, se aproveitando dos avanços tecnológicos, mas que nunca falte espaço para os restaurantes tradicionais, com alma, old fashion.
Menos física e química, por favor.
E mais paixão.
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