Azeite de urucum

27.8.14


Prazer.

Meu nome é Bixa orellana. Para os íntimos, urucum.


Venho desta planta aí, o urucunzeiro, árvore de porte médio, nativa das Américas, presente em mais de um bioma brasileiro; entre eles, o Cerrado.


Dada como própria da região que vai da Amazônia até a Bahia, a árvore é largamente cultivada e utilizada pelos indígenas que vivem no Planalto Central (é o caso também do jenipapo).

O urucum solta uma "tinta" vermelha, por isso, é usado tradicionalmente pelos índios brasileiros para tingir a pele, seja como proteção contra o sol, contra picadas de insetos ou para fins estéticos.

Na culinária, o urucum é usado pelos chefs como corante natural.

O óleo tingido pela semente é um substituto do azeite de dendê. E vai parar em pratos como a moqueca capixaba (é o que a distingue da versão baiana).

Que tal testar?

Azeite de urucum

Ingredientes
Um punhado de sementes de urucum
300 ml de óleo de girassol

Modo de preparo

Separe um punhado de sementes de urucum. Lave bem.


Depois, escorra a água com uma peneira e deixe secar (pode ser ao sol).


Quando estiver seco, esquente o óleo na panela. Assim que estiver bem quente, desligue o fogo e coloque as sementes. O vermelho da semente vai tingir o óleo.


Agora é só coar e usar!

Garota eu vou pra Califórnia...

18.8.14

Eu adoro um álcool. Quem me conhece, sabe. E bebo de tudo, sem muitas frescuras. Mas uma das minhas bebidas favoritas, ultimamente, é o vinho.

Ele está presente em quase todos os jantares que faço (e, nesta idade, o programa favorito da galera é se reunir para comer! Então já viu... Rs). Tudo isso para falar sobre os vinhedos na Califórnia - e o que me motivou a ir para lá.

Olha. Nunca imaginei que uma viagem para vinhedos poderia ser tão boa. Boa nada. Espetacular. Foi uma das melhores férias da minha vida!

Em boa parte, pela companhia extraordinária da minha irmã americana, Elizabeth, e do marido, Lance.


Mas também por causa do visual do lugar, dos excelentes vinhos e das comidas inacreditáveis.

Tem mais de ano que fui, mas acho que nunca escrevi sobre a viagem porque, não importa quão inspirada esteja, nunca consigo encontrar as palavras certas para explicar por que ela foi tão espetacular.

Dane-se. Como tem muita gente pedindo dicas de lá, resolvi escrever. Escolhemos ficar em Petaluma. Uma cidade pequenininha e bonitinha que ficava próxima de onde queríamos ir - e bem mais em conta.

Se passar por lá, por favor, vá (por mim) ao Viva Cocolat. Meo Deos. O melhor chocolate quente da minha vida. Grosso, perfumado, intenso, imperdível.

Quem poderia imaginar que uma cidadezinha dessa guardaria um segredo tão surpreendente?


Também em Petaluma comemos no delicioso Central Market Restaurant! E se estiver por lá cedo, não deixe de tomar café da manhã no Bovine Bakery! Divino!


Deixando Petaluma de lado, minha lista de programas imperdíveis começa pelo que mais me marcou: o Mayo Tasting Family Room, uma degustação surreal de gostosa. Empratados maravilhosos e, definitivamente, os MELHORES vinhos que tomei por lá. Foram os únicos que fiz questão de trazer na mala comigo. É muito, muito, muito, muito bom. Vá. Uma, duas, dez vezes. E traga um pouco das sobras para mim.

Quando fui, o cardápio era este: Primeiro trio: spring soup with 2010 Reserve Chardonnay Laurel Hiel Vineyard; warm bacon and potato salad with 2011 Roussane Saralee’s Vineyard Russian River Valley; California yellowtail filet and tomato orzo with 2008 Reserve Barbera Runde Ranch Vineyard. Segundo trio: the silenced lamb with 2007 Reserve Meritage “Oliver Twist” Napa Valley; grilled New York strip, asparagus and quinoa with 2008 reserve cabernet sauvignon Random Ridge Vineyards; grilled pork tenderloin, spring turnips and blue cheese oats with 2009 Reserve Zinfandel (foi esse que comprei!! Deuso!), Ricci Vineyards Russian River Valley. Sobremesa: tropical fruit pain perdu with 2009 Late Harvest Gewurztraminer Runde Ranch Vineyard.


Outro programa imperdível é o tour pelos vinhedos do espumante Schramsberg, o melhor de Napa! Ele é o escolhido da Casa Branca.

Também na minha lista dos mais mais está a degustação de azeites, balsâmicos e xaropes no Round Pond. Custa(va) US$ 35, com 1h30 de duração. Muito bom!

E tem ainda o The Girl & The Fig. Tudo o que pedimos estava muito bem feito! Peça algum prato que venha com french frittos de acompanhamento! A melhor batata frita que comi na minha vida! E com uma maionese de estragão top (tarragon aioli)!

Há ainda os programas muito bons. É o caso do Bottega Napa Valley Restaurant; do sempre irresistível Dean & Deluca (ótimo para quem adora fazer umas comprinhas gourmet); do luxuosíssimo Terra Restaurant (você paga US$ 70 e tem direito a escolher quatro pratos, cada um mais diferente e surpreendente que o outro; do Bouchon (vá à confeitaria e ao restaurante, onde comi uma sobremesa de rachar os beiços: um musse de chocolate com recheio surpresa de caramelo!).



Outra dica ótima é passear pelas cidadezinhas. Elas são lindas. Adoráveis. Fofas. A minha favorita foi Yountville (de morrer!). Se for lá, visite a NapaStyle Store. E tem lojas finas. No centro de Santa Helena, passe por Olivier, Woodhouse Chocolate, St. Helena Olive Oil Co., Jan De Luz e VintageHome. No centro de Sonoma, The Sonoma Cheese Factory, Vella Cheese Company, General M.G. Vallejo Home. Faça compras no Oxbow Public Market (demais).

Acho que é isso. Se tiver alguma dúvida, deixe um comentário que eu respondo!

Bolinho de batata doce

17.8.14


Esta receita é incrível. A batata doce dá um bolinho surpreendente, macio, saboroso. E o molho de acompanhamento causa uma explosão de sabores na língua. E é por isso que eu amo o Ottolenghi, autor da receita.

Ele faz mágica com as verduras. Over and over. Não tem uma receita dele que seja mais ou menos. Todas são absurdamente maravilhosas! Sério. Daria para viver de verduras.

Mas vamos nessa. Espero que você goste!

Bolinho de batata doce

Ingredientes
1kg de batata doce (descascada e cortada em pedaços grandes)
2 colheres (chá) de molho de soja
3/4 de xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de açúcar
3 colheres (sopa) de cebolinha verde picada
1/2 colher (chá) de pimenta chilli vermelha fresca picada
Manteiga para fritar

Molho
3 colheres (sopa) de iogurte grego
3 colheres (sopa) de sour cream
2 colheres (sopa) de azeite
1 colher (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de coentro picado
Sal
Pimenta do reino

Modo de preparo

Cozinhe a batata doce até ficar bem macia. Escorra por pelo menos uma hora (a ideia é se livrar do máximo de água possível). Coloque em uma vasilha e junte o restante dos ingredientes (menos a manteiga, que é para fritar). Misture com a mão. A massa deve ficar grudenta. Se estiver muito mole, coloque mais farinha. Derreta um pouco de manteiga em uma frigideira. Faça as bolinhas do tamanho que quiser e achate (para ficar parecendo uma panquequinha). Frite durante seis minutos (cada lado) em fogo médio. Retire da panela e coloque em cima de papel toalha (para tirar o excesso da gordura). Sirva quente ou morno!

Para o molho, misture bem todos os ingredientes.

Bolo de chocolate da Pioneer Woman

11.8.14


Bolo de chocolate nunca é demais. Por isso, provavelmente vou passar o resto da minha vida testando novas receitas. Afinal, como colocar um ponto final em uma busca tão deliciosa e declarar: esse é o bolo perfeito? Nem!

Prefiro seguir assim. Sempre insatisfeita. Pelo menos quando o assunto é bolo de chocolate.

Eu adoro esta receita, mas, sabe, ainda não é the one.

Bolo de chocolate da Pioneer Woman

Ingredientes
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
2 colheres (sobremesa) de bicarbonato de sódio
Pitada de sal
1 xícara (chá) de manteiga
1/3 de xícara (chá) de cacau em pó
1 xícara (chá) de água
1/2 xícara (chá) de sour cream (ou iogurte natural, iogurte grego ou creme de leite)
2 ovos

1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de chocolate em pó

Modo de preparo

Misture a farinha, o açúcar, o sal e o bicarbonato em uma vasilha. Em uma panela, aqueça a manteiga, o cacau em pó e a água. Jogue por cima dos ingredientes secos e misture. Por último, acrescente o sour cream e os ovos. Leve para assar em forno preaquecido a 180oC por 50 minutos, aproximadamente.



Para a calda de brigadeiro, misture todos os ingredientes e leve ao fogo. Cozinhe por aproximadamente cinco minutos. Cubra o bolo, espere firmar e sirva :)



Boeuf borguignon

8.8.14

Estou me achando. A-chan-do. Fiz bouef borguignon!!! E ficou bom! :)

Mas devo confessar. Ele me aterrorizava. Principalmente depois que assisti ao filme Julie & Julia.

Ele conta história de Julia Child, uma grande cozinheira americana, que introduziu a culinária francesa nos Estados Unidos, e de Julie, uma jovem americana de classe média que decide testar todas as receitas do livro de Julia em um ano.

A receita de alguma forma marca a vida das duas cozinheiras. No caso de Julia, porque é o boeuf que conquista uma editora e garante a publicação de seu primeiro livro de culinária, Mastering the Art of French Cooking. Já Julie prepara essa receita para receber uma jornalista que vai entrevistá-la sobre sua empreitada.

Só sei que o tal prato é lindo, cheiroso, saboroso. Muito. Mal dei a última garfada e já comecei a sonhar com o dia que vou prepará-lo de novo.

Não vou mentir. Dá trabalho. Não porque seja ultracomplexo. Na verdade, são muitas etapas. E é preciso tempo e disposição para fazê-lo. Mas garanto que vale cada segundo investido.

Boeuf borguignon

Ingredientes
1kg de alcatra (cortada em cubos de 5 cms)
1/2 litro de vinho tinto
1 cenoura em cubos
2 talos de salsão em cubos
1 cebola em cubos
2 litros de caldo de carne
120g de bacon em cubinhos
200g de cogumelos Paris fatiados
30g de farinha de trigo
2 dentes de alho
Manteiga
10 cebolas pérola (aquelas pequenas)
Açúcar
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto

Modo de preparo

A primeira coisa que eu sugiro que você faça é o caldo de carne. Quer dizer, se você decidir fazer seu próprio caldo. Como ele precisa de muitas horas no fogo, é bom fazê-lo antes. E pode congelar! Que aí, na hora do preparo, é só esquentar! Mas se você definitivamente não tem pique para essa tarefa, use aqueles tabletes prontos dissolvidos em água fervente. Não é a mesma coisa do caldo feito em casa. Mesmo (mas eu te entendo).


Bom, depois vem o preparo da carne. Coloque-a em um recipiente com o vinho, a cenoura, o salsão e a cebola. Cubra e deixe na geladeira por 12 horas.


Depois desse tempo, separe os cubos de carne e seque-os, um a um, com papel toalha. Coe o caldo que sobrou (você vai usar o vinho para cozinhar a carne). As verduras podem ser colocadas no seu caldo de carne para apurar o sabor.

Em uma panela grande, de fundo largo, frite primeiro o bacon. Assim que estiver pronto, retire da panela e reserve.


Você vai usar o óleo que sobrou do bacon para selar a carne. A selagem ajudar a manter os líquidos "presos" na carne - assim ela se mantém macia, mesmo após o cozimento. Coloque pequenas quantidades de carne na panela e refogue. A ideia é colocar, deixá-la dourar de um lado, virar e deixar dourar do outro - sem ficar mexendo. Ah, e se você colocar tudo de uma vez, elas vão soltar líquido e cozinhar. Você, definitivamente, não quer que isso aconteça.


Depois de selar tudo, devolva toda a carne para a panela e acrescente a farinha de trigo. Misture bem e então acrescente o vinho. A partir daí, a carne vai começar a cozinhar - e tudo o que você tem que fazer é garantir que haja sempre líquido na panela. Assim que o vinho estiver secando, por exemplo, coloque duas conchas do caldo de carne. E continue colocando mais caldo toda vez que a panela estiver perto de ficar seca. Também é legal dar sempre uma mexida, para que a farinha não grude no fundo da panela e queime. Ao todo, a carne fica entre duas e três horas cozinhando.

Aproveite enquanto a carne cozinha para preparar o cogumelo e a cebola. Em uma panela, junte o alho picado (ou socado), um pouco de manteiga e o cogumelo. Assim que ele der uma amaciada, desligue o fogo e reserve.


Em outra panela, coloque as cebolas descascadas, um pouco de água (o suficiente para chegar à metade da altura das cebolas, sem cobri-las), uma colher de sopa de manteiga e 1/2 colher de sopa de açúcar cristal. Deixe ferver. Aos poucos, a água vai secando. A cebola vai ficar cozida. No fim, o açúcar vai ajudar a dar uma caramelizada nelas. É isso o que você quer mesmo. Reserve.

Quando a carne estiver cozida (pode espetar um pedaço e provar, sem medo!), acrescente o bacon, o cogumelo e as cebolas e cozinhe por uns cinco minutos. Acerte o sal e coloque pimenta a gosto.

Voilà!

Eu servi com arroz branco feito na hora, farofa de cebola e uma salada básica!

Bruschetas de tomate e berinjela

4.8.14

Elas são práticas. Simples. Só dependem de um pedaço de pão, um dente de alho e alguma coisa para colocar por cima.

Também sabem ser complexas, chiques e finas. Mas, no meu momento atual, fico com a praticidade. A receita é da Ju (já conhecida aqui no blog).

Espero que gostem!

Bruschetas de tomate e berinjela

Ingredientes
1 pão italiano médio (rende dez fatias)
2 dentes de alho descascados

3 tomates médios e maduros, sem sementes, cortados em cubos
Folhas de manjericão
Azeite
Sal a gosto

2 berinjelas médias em cubinhos
1 pimentão amarelo grande em cubinhos
2 a 3 tomates sem sementes em cubinhos
2 cebolas pequenas em cubinhos
Azeitona preta a gosto picada
Nozes a gosto picadas
Uva passa preta a gosto
1 colher (chá) de sal
Vinagre de arroz ou maçã
Azeite

Modo de preparo

Prepare a base da bruscheta. Corte o pão na diagonal, fazendo fatias com dois cms de espessura. Despreze as pontas. Coloque as fatias em uma assadeira e leve ao forno pré-aquecido a 180oC por três a quatro minutos - até que, apertando um pouco com o dedo, você sinta as fatias firmes e ásperas na superfície, mas macias no meio. Retire a assadeira do forno e raspe o alho na superfície das fatias de pão.

Para o tomate, misture-o com o manjericão. Tempere com sal a gosto e regue com azeite. Tampe e deixe descansar por 1 hora. Lembre-se de desprezar o caldo que fica no fundo da vasilha.

Para a conserva de berinjela (caponata), misture todos os ingredientes e coloque-os em uma assadeira. Em um copo de 200 ml, junte 1/2 de azeite, 1/4 de água, 1/4 de vinagre e o sal. Mexa e distribua sobre os ingredientes da assadeira. Cubra-a com papel alumínio e leve ao forno a 180oC durante uma hora e meia. Na metade do tempo, mexa a conserva para que ela asse por igual. Retire do forno, deixe esfriar bem e mantenha na geladeira. Ela fica mais saborosa no dia seguinte.

Por último, é só colocar a mistura de tomates e a berinjela por cima dos pães e levar novamente ao forno por cinco minutos, só para aquecer.

O Cerrado na Cozinha

2.8.14


Há pouco mais de um ano, nascia o Minha Atual Obsessão. A ideia era (ainda é) falar sobre tudo aquilo que me apaixona – ao contrário do Perdeu, Playboy, voltado exclusivamente para relacionamentos e para a interação homem-mulher (aliás, um tema que também me apaixona – e me intriga. Muito).

Apesar das viagens serem uma grande obsessão, quem me acompanha sabe que gasto a maior parte dos meus posts para falar sobre comida.

Acho que é fácil entender. Afinal, viagem a gente faz duas, três por ANO. Comer? No meu caso, ao menos seis vezes por DIA! Como não ser absoluta e incrivelmente obcecada?

Pensando nisso, meu pai veio com uma sugestão. Que tal criar uma seção experimental no blog para falar de um tipo diferente de gastronomia, que usa ingredientes produzidos nas redondezas de Brasília; em muitos casos, plantas nativas do Cerrado?

Como bem disse meu pai, “com esta iniciativa, não pretendo combater, confrontar ou negar tantas alternativas de abordagem da gastronomia e da alimentação que o blog continuará a veicular. Busco oferecer uma via de interação com o ambiente que nos cerca, que podemos e queremos valorizar”.

Bonito, né?!


Ainda nas palavras dele, essa “união da produção e alimentação por meio da gastronomia com ingredientes provenientes do Cerrado do Distrito Federal é, ainda, um exercício fugaz – a oferta de ingredientes é tipicamente sazonal – e limitado – além de grande parte da cobertura vegetal original de nossas terras ter sido removida e substituída por pastagens e plantios de grãos, poucos agricultores se dedicam a preservar suas fitofisionomias”.

Para nós, o bacana é curtir essa possibilidade de preparar, comer e descobrir – ou redescobrir – alimentos que não fazem parte de nosso cotidiano. Como se trata de algo experimental, estamos abertos a interações, sugestões e revisões.

Para que essa nova coluna do blog funcione adequadamente, contarei com o apoio e a participação de Maria Nazaré (minha mãe), gastrônoma, que supervisionará o preparo dos alimentos e a elaboração de receitas; e de Mauro Márcio (meu pai), agrônomo, que fornecerá os ingredientes e dará as informações ilustrativas que acompanham cada uma das postagens.

Os ingredientes provêm da Fazendinha Arvoredo, localizada no Núcleo Rural de Tabatinga, Planaltina-DF, onde está em curso um projeto de restauração da vegetação nativa do Cerrado.


Para dar uma ideia da interação da gastronomia com o projeto de restauração, dentre as 270 plantas do Cerrado identificadas na Fazendinha Arvoredo, há 45 espécies com potencial gastronômico. Dentre elas, cito algumas:
Araçá (Psidium firmum): fruto comestível
Araticum (Annona crassiflora): fruto comestível, doces, geleias, sucos, licores, tortas, iogurtes, sorvetes
Baru (Dipteryx alata): amêndoa comestível (natural ou torrada), pé-de-moleque e paçoca
Cagaita (Eugenia dysenterica): fruto comestível, doces, geleias, sorvetes e sucos
Jatobá (Hymenaea stigonocarpa): fruto comestível, mingau, pães, bolos e biscoitos
Pequi (Caryocar brasiliense): fruto comestível, óleo
Xodó ou Macaúba (Acrocomia aculeata): palmito, fécula, seiva, polpa do coco, óleo da amêndoa


Espero que vocês curtam a nova coluna tanto quanto nós!


Fontes:
Dos nomes científicos: Santos, F. F. de M. Fragmentos dos Certões no Cerrado do Distrito Federal. Relatório da Flora Fanerogâmica Cerradícola da Fazendinha Arvoredo. Planaltina, Núcleo Rural de Tabatinga, 2014. v. 2. 34 p. Série Mehr Shatten!
Dos usos gastronômicos: Almeida, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. 464 p.