Quem me conhece bem sabe que meu restaurante favorito da cidade é o El Paso Texas, de comida mexicana (hoje rolam uns pratos peruanos também). Gosto tanto que já cheguei a frequentá-lo três vezes por semana. Como se fosse a casa da minha mãe e eu estivesse passando lá para filar uma boia.
Os garçons me conhecem. Sabem em que parte do restaurante me sento. Sabem de memória o que bebo (mojito, ontem, hoje e sempre!). E não se esquecem de que gosto mesmo de atacar o bufê (para isso, já têm preparado aqueles potinhos brancos para que eu coloque meu cativo sour cream e o guacamole imperdível). Se não for dia de coma-até-explodir (a la Dona Redonda, de Saramandaia), também se recordam do prato que costumo pedir. Enfim, atitudes típicas de uma viciada previsível.
Imaginem só a minha empolgação a chegar ao México, lar dos meus pratos favoritos! A chance de experimentar in loco todas as maravilhas que tão bem fazem ao meu estômago! É claro que não perdi tempo.
Rolou o de sempre, como quesadilla, frijoles, tacos, guacamole, mas também teve novidade, como a pepitoria (doce que parece uma hóstia em forma de leque colorido com sementes e creme. Eu sei. Parece um horror. E é. Rs).
Algumas coisas eram estranhas demais ou fedidas em excesso e preferi manter meu imaginário intocado sobre a delícia que é a culinária mexicana (melhor do que provar alguma bizarrice e decidir que só gosto da versão brasileira do México).
(Não provei! #medo)
E devo admitir que, via de regra, o que coloquei pra dentro estava muito bom! Como esquecer o feijãozinho do restaurante do Museu de Antropologia? Ou a quesadilla do W Hotel? Hummmm!
O problema é que tudo tem um preço. E, nesse caso, o preço foi alto.
Quem tem nojo ou dificuldade de enfrentar descrições escatológicas, pare por aqui. A coisa vai ficar feia.
Com UM dia, era um tal de comida rodando na barriga, fazendo dancinhas estapafúrdias, ganhando vida própria! E eu lá, tendo que manter a pose de que era vivida em termos de comida mexicana. Toma! Com CINCO dias, a coisa ficou tão feia que ânsia de vômito era companheira de passeio. E, aí, deixou de ser divertido.
Não quer dizer que com todo mundo é assim. E nem vá pensando que tudo é culpa da pimenta. Os mexicanos são durões e a comida deles reflete isso! Então, você não é à prova de bala só porque come feijoada em pé sujo. Seu estômago não viu nada. Nada. Até eles que são durões sofrem. Lá, ter hemorroidas faz parte da rotina! :)
Desesperada, apelei para um 7 Eleven para tomar café da manhã. E até o misto quente tem jalapeño (ou ralacheca, como diria a Tati. Rs). Fue-da!
Foi aí que tomei uma atitude típica de gente desesperada e apelei para uma coisa de que até Deus duvida: comi no McDonalds!
Melhor assim. Voltei de viagem em paz, sem incomodar o vizinho de poltrona ou cogitar fazer o percurso com fralda geriátrica.
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