Sabe aquele prato que só a sua mãe sabe fazer? Um bolo. Uma torta. Um assado. Inexplicavelmente bom, ele era (é) motivo de briga entre os irmãos.
Eu tenho a memória recheada de receitas marcantes. Mas nada que tenha gerado briga, afinal minha mãe sempre cozinhou quantidades inenarráveis de comida (apesar disso, cobrava com ardor que fôssemos todas magras).
Quando penso em uma receita que vale uns bons tapas (rs), imagino alguma coisa com calda de chocolate. Ou uma massa afogada em um molho dos deuses. Ou uma costelinha com farofa. Mas, acredite se quiser, há quem brigue por verdura.
É o caso desta receita.
Não que a couve-flor não seja incrível. Mas imaginar que dois adolescentes separavam flor por flor para ter certeza de que nenhum comeria mais do que o outro foi demais. Intrigada, decidi testá-la. E foi então que vi que, sim, é completamente compreensível brigar por verduras. Ainda que sejam assadas, não fritas. E que não levem um grama sequer de manteiga.
Duvida?
Então, faça esta receita em casa e depois me diga o que achou.
E as sobras podem ser convertidas em sopa. Basta bater no processador a couve-flor não devorada com caldo de legumes ou água e um pouco de creme de leite, até chegar na textura desejada. Reaqueça e sirva com um pouco de salsinha fresca.
Couve-flor assada
Ingredientes
1 couve-flor
1/6 (copo americano) de azeite de oliva
1 colher (chá) de tomilho fresco (ou 1/2 colher bem servida de tomilho seco)
1 pitada de sal
Pimenta do reino
Modo de preparo
Pré-aqueça o forno a 200° graus. Forre um tabuleiro grande com papel manteiga ou alumínio. Retire as folhas da couve-flor. Corte as flores e descarte os caules mais duros. Ponha tudo em uma vasilha grande. Junte o azeite, o tomilho, o sal e a pimenta. Misture bem. A ideia é garantir que o azeite umedeça todas as flores. Espalhe no tabuleiro (elas não devem se sobrepor). Isso permite que elas caramelizem direito. Asse no forno por uma hora aproximadamente ou até as pontas das flores estarem tostadas. Sirva assim ou com algum molho de iogurte ou tahini.
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