Achei que passaria os dias amparada por um guarda-chuva. Mas Seattle deve ter sentido pena de mim. Fui presenteada com dias lindos (ou então ela teve uma atitude egoísta apenas para garantir um feedback positivo no blog. Vai saber). Bem da verdade, dizem que lá nem chove tanto assim. Seja como for, esteve bom. Quer dizer, esteve ótimo.
Eu amei Seattle. Simples assim.
Cidade despretensiosa. Cool. Interessante. E cheia de programas legais.
Comece pelo começo e vá à Pioneer Square, onde Seattle nasceu. Ela não tem nada de incrível, visualmente falando. Já a história da cidade, que é contada ali, em um tour bem fora do comum, é demais! Quem chegou por lá primeiro viu muitas árvores, vegetação rasteira, penhascos, riachos e lama, um monte de lama. Mas o local logo virou um grande centro portuário, graças à profundidade das águas. Bom, aí vieram os trabalhadores, negociantes e as putas, claro. No início, poucas se aventuraram. A mais ousada entre elas, nem tão gata assim, virou lenda (adoro).
A cidade chegou a ser dividida em duas: de um lado, os nobres; do outro, os ferrados. E a divisão era bem ali.
Também houve um grande e grave incêndio e então veio a reconstrução. Em vez de madeira, tijolos e pedras; e a nova Seattle ficaria dois andares acima da original. Tudo isso você ouve no Underground Tour. Ele é imperdível porque você efetivamente caminha pela cidade antiga, no underground mesmo (ou o que sobrou dele). Há um passeio noturno que é o melhor de todos, com histórias ótimas sobre prostituição, drogas e assassinatos.
Sabe a UPS, os Correios dos Estados Unidos? Nasceram lá. No início, eram dois garotos, montados em bicicletas, fazendo entregas de ópio a uma prostituta de renome.
Já que está por ali, aproveite para passear pelos arredores. Há uma série de lojinhas fofas (é o caso da E. Smith Mercantile) e lugares descolados para comer.
Outro programa óbvio e absolutamente incrível é o Pike Place Market. Não, não é só uma feira com produtos frescos. É um mundo à parte (foi meu programa favorito na cidade).
Chegue cedo e tome café no The Crumpet Shop. Claro, peça um crumpet, algo entre uma panqueca e um bagel esponjoso. Lá também foi onde tomei o melhor chocolate quente da cidade.
Vá ao DeLaurenti’s Specialty Food Market, ao Beecher’s (queijos artesanais feitos ali) e ao Starbuck original! Ele fica ao lado do mercado e é legal até para quem não toma café, como eu. A logo original é uma sereia marrom bem mais rechonchuda (e com cara de bons amigos) que a atual photoshopada.
Apesar de nojenta, a parede de chicletes é um marco! Dê uma passada.
Seja como for, passe parte do seu dia por lá. Vale muito, muito.
Para uma vista arrasadora da cidade, vá ao Kerry Park.
Se tiver um domingo em Seattle, por favor vá a Ballard. Lá rola uma feirinha incrível! Flores, sabonetes, cidra, colares, verduras, carnes... Tudo lindo e bem apresentado por vendedores que são pura simpatia.
Mas antes de se aventurar por lá, pare para tomar café da manhã (é obrigatório!) no Cafe Besalu, simplesmente a melhor “padaria” da minha vida!!! Folhados de nectarina, pain au chocolate, salgados com cebolas e gruyére. Jesus! Inesquecível.
Voltando ao mercado... Não se prenda aos stands da feira. Por ali também há várias lojinhas interessantes, em meio ao mercado mesmo. Para morrer feliz, tome um milk-shake de salt caramel na Hot Cakes. Pronto. Já pode morrer.
Não perca o Chihuly Garden and Glass. Lindo, lindo, lindo.
E, claro, o Space Needle, cartão postal de Seattle.
Vamos comer?
Absolutamente maravilhoso é o Melrose Market, com stands de queijos, vinhos, frios e outras comidinhas gourmets. Lá, a loja Butter Home, no segundo andar, é imperdível. Coma no Sitka and Spruce, comida vegana mais diferente que já comi na vida (mas faça reserva antes).
Apesar de não ter sido chocantemente gostoso, recomendo um jantar no How to Cook a Wolf. Meu gnocchi estava bom!
Também vale comer um sanduíche bem diferente no Serious Pie & Biscuit.
Ó, tem muito mais em Seattle. Isso aqui é só o começo. Se joga, então!
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