Eu não comprei um carro novo. Não fui morar em um apartamento maior. Não construí uma casa, nem reformei a atual. Não troquei de emprego. Não fui promovida. E nem obtive reconhecimento profissional.
Não fui pedida em casamento. Não juntei. Nem me apaixonei.
Não engravidei, nem tive filho. Não plantei árvore. Não resisti (pela enésima vez) e tranquei a academia. Não perdi um quilinho sequer. Nem avencei no projeto "seque sua barriga". Pelo contrário.
22.12.14
Antes que você faça cara feia para o título, pense bem. O que você acabou de ler não é nojeira ou nonsense. É praticidade. Eficiência. E a oportunidade de ter prazer de imediato (como poucas vezes a vida permite). É a chance de comer um biscoito delicioso, com gosto de colo, sem ter que esperar pelo forno (que insiste em nos fazer de bobas).
Lembra como era na infância? A gente morria de nervoso até o bolo de cenoura ficar pronto (e ainda tinha que esperar esfriar pra não ter dor de barriga!)!!
Pois é. Esta receita é uma rasteira (ainda que tardia) nessa espera juvenil. É o doce pronto, no minuto.
Fala a verdade. Tem dias em que isso é tudo o que queremos. Então, esbalde-se. Afinal, o Natal está aí. E Natal é daquelas raras ocasiões em que se pode tudo.
Cookies não assados
Ingredientes
1/4 xícara (chá) de manteiga sem sal
1 xícara (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de cacau em pó
1/8 colher (chá) de canela (opcional)
1/4 xícara (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de manteiga de amendoim (eu usei uma que tinha em casa, com pedaços de amendoim, mas a receita original diz para usar a manteiga lisa)
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1 1/2 xícara (chá) de aveia
1 colher (sopa) de sal grosso ou flor de sal (opcional)
Modo de preparo
Coloque a manteiga em uma panela média, a fogo médio. Antes dela derreter toda, acrescente o leite, o açúcar, o cacau e a canela. Misture bem. Agora, aumente o fogo. Assim que começar a ferver, conte um minuto. Desligue a chama, acrescente o extrato e a manteiga de amendoim. Depois é a vez da aveia (o legal é colocar aos poucos, para você definir a consistência final do cookie. Pode ficar mais molengo ou durinho, conforme seu desejo). Coloque bolinhas da mistura em cima de uma folha de papel manteiga, salpique o sal grosso por cima e deixe esfriar. A autora da receita dá umas dicas legais para incrementar o biscoito (que tem jeitinho de trufa artesanal). Dá para acrescentar um punhado de coco ralado ou nozes picadas!
*A receita veio daqui ó.
Lembra como era na infância? A gente morria de nervoso até o bolo de cenoura ficar pronto (e ainda tinha que esperar esfriar pra não ter dor de barriga!)!!
Pois é. Esta receita é uma rasteira (ainda que tardia) nessa espera juvenil. É o doce pronto, no minuto.
Fala a verdade. Tem dias em que isso é tudo o que queremos. Então, esbalde-se. Afinal, o Natal está aí. E Natal é daquelas raras ocasiões em que se pode tudo.
Cookies não assados
Ingredientes
1/4 xícara (chá) de manteiga sem sal
1 xícara (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de cacau em pó
1/8 colher (chá) de canela (opcional)
1/4 xícara (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de manteiga de amendoim (eu usei uma que tinha em casa, com pedaços de amendoim, mas a receita original diz para usar a manteiga lisa)
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1 1/2 xícara (chá) de aveia
1 colher (sopa) de sal grosso ou flor de sal (opcional)
Modo de preparo
Coloque a manteiga em uma panela média, a fogo médio. Antes dela derreter toda, acrescente o leite, o açúcar, o cacau e a canela. Misture bem. Agora, aumente o fogo. Assim que começar a ferver, conte um minuto. Desligue a chama, acrescente o extrato e a manteiga de amendoim. Depois é a vez da aveia (o legal é colocar aos poucos, para você definir a consistência final do cookie. Pode ficar mais molengo ou durinho, conforme seu desejo). Coloque bolinhas da mistura em cima de uma folha de papel manteiga, salpique o sal grosso por cima e deixe esfriar. A autora da receita dá umas dicas legais para incrementar o biscoito (que tem jeitinho de trufa artesanal). Dá para acrescentar um punhado de coco ralado ou nozes picadas!
*A receita veio daqui ó.
21.12.14
Eu admito. Estou oficialmente viciada em labneh. E olha que começou de maneira despretensiosa. Não era possível prever minimamente que viraria um caso de amor incorrigível.
Acho que tem a ver com o fato de a primeira receita que fiz ser muito complexa. Era preciso comprar o leite de saquinho e os lactobacilos para produzir, primeiro, meu próprio iogurte. Que depois viraria iogurte grego. E que só então viraria labneh. Coisa de uma semana de espera (ainda bem que não sou de roer unhas). Até ver o sonho se materializar.
Valeu muito, muito a pena. Principalmente, porque me abri (parem de pensar sacanagem) para esse queijo delicioso, que não fazia parte da minha vida.
Mas, hoje, vejo que o mundo do labneh é, primeiro, bem mais simples. Segundo, ele não tem limites.
Cada labneh é um. Ele pode ser tão ousado quanto seu paladar permitir. E todas as versões têm potencial. Mesmo.
Esta receita foi um achado (Pinterest, já disse que te amo?)! Guardei na minha to do list porque a achei linda. A (ótima) surpresa foi ver que ela é muito mais do que uma carinha bonita. Tem conteúdo! E como!
Aliás, muita garota poderia aprender algumas coisas com esta receita. Espero que gostem!
Labneh com pistache
Ingredientes
1 kg de iogurte natural integral (usei 6 potinhos de 170g)
Sal
50g de pistache tostado picado
Salsinha a gosto
Raspa de meio limão siciliano
Sumac
Azeite de oliva a gosto
Modo de preparo
Coloque o iogurte natural em uma vasilha e tempere com sal. Passe para um recipiente grande, com uma peneira fina em cima, para que o soro do iogurte pingue nessa vasilha maior e na peneira sobre um iogurte encorpado, quase na consistência de um cream cheese (há peneiras específicas para isso, mas você também pode usar aqueles filtros de papel para coar café). Deixei na geladeira durante 48 horas.
Depois disso, ele já virou labneh! Agora, é só caprichar na produção!
Toste os pistaches em uma frigideira (leva uns cinco minutos. Mas fique de olho para não queimar)! Depois, pique em pedaços menores (eu preferi bater no liquidificador, sem deixar, no entanto, que virasse farinha). Jogue por cima do labneh. Coloque então a salsinha picada a gosto, um tanto de sumac* (pó vermelho e ácido extraído das frutas da planta sumagre, um arbusto que cresce nas montanhas do Líbano), a raspa e o azeite a gosto.
E morra de prazer!
*O sumac é um dos ingredientes do zahtar, mais comum no Brasil. Pode usar qualquer um. Ou pode servir sem. Fica delicioso de qualquer jeito!
15.12.14
Dia desses fui a um restaurante novo na cidade. Badaladinho. Com uma proposta ousada. Interessante. E dei carta branca ao chef.
Gosto de ser surpreendida, sabe? Ajuda a conhecer melhor o que há por trás de quem cozinha. E me força a provar coisas diferentes. O problema é que o risco é grande.
Como esperado, saí decepcionada. Nada contra o chef. Ou as origens dele. Ou a proposta de culinária regional reinventada. Mas, enfim. Não funcionou pra mim.
E aí, veio este artigo: O que é ser 'o melhor restaurante do mundo'?, do Rogerio Fasano.
Penso exatamente como o Fasano. Tenho horror a nitrogênio líquido. A comida molecular. E a espumas de todos os tipos (e esse restô novo tinha umas coisas assim, ousadas demais pra mim). E é por isso que escolher o melhor restaurante do mundo é difícil.
Aliás, até dar dicas sobre onde comer é problemático. Porque comida é uma coisa muito pessoal. Quase como escolher um namorado. Cada um gosta de uma coisa. E não tolera outras.
Eu, por exemplo, detesto firulas. Detesto chefs estrelas. Detesto obra de arte no lugar de comida que satisfaz. Detesto riscos, traços, porções que cabem no buraco dos dentes.
Gosto de comida boa. Básica. Daquelas que conquistam pela qualidade da matéria-prima. Que exigem conhecimento do chef para ressaltar o que elas têm de melhor. Porque são elas que fazem meu coração bater mais rápido.
Tomara, então, que a gastronomia continue se arriscando, se aproveitando dos avanços tecnológicos, mas que nunca falte espaço para os restaurantes tradicionais, com alma, old fashion.
Menos física e química, por favor.
E mais paixão.
Gosto de ser surpreendida, sabe? Ajuda a conhecer melhor o que há por trás de quem cozinha. E me força a provar coisas diferentes. O problema é que o risco é grande.
Como esperado, saí decepcionada. Nada contra o chef. Ou as origens dele. Ou a proposta de culinária regional reinventada. Mas, enfim. Não funcionou pra mim.
E aí, veio este artigo: O que é ser 'o melhor restaurante do mundo'?, do Rogerio Fasano.
Penso exatamente como o Fasano. Tenho horror a nitrogênio líquido. A comida molecular. E a espumas de todos os tipos (e esse restô novo tinha umas coisas assim, ousadas demais pra mim). E é por isso que escolher o melhor restaurante do mundo é difícil.
Aliás, até dar dicas sobre onde comer é problemático. Porque comida é uma coisa muito pessoal. Quase como escolher um namorado. Cada um gosta de uma coisa. E não tolera outras.
Eu, por exemplo, detesto firulas. Detesto chefs estrelas. Detesto obra de arte no lugar de comida que satisfaz. Detesto riscos, traços, porções que cabem no buraco dos dentes.
Gosto de comida boa. Básica. Daquelas que conquistam pela qualidade da matéria-prima. Que exigem conhecimento do chef para ressaltar o que elas têm de melhor. Porque são elas que fazem meu coração bater mais rápido.
Tomara, então, que a gastronomia continue se arriscando, se aproveitando dos avanços tecnológicos, mas que nunca falte espaço para os restaurantes tradicionais, com alma, old fashion.
Menos física e química, por favor.
E mais paixão.
11.12.14
Esta receita estava no fim da lista de posts a serem publicado. Não porque é a mais fraca das elencadas. Mas sim porque foi a última que testei (tirada do livro da Rachel Khoo, A Pequena Cozinha em Paris). Então, por respeito às demais, ela foi parar no fim da fila.
O negócio é que hoje me deu a doida e resolvi jantar bolo de chocolate.
Um parênteses. Definir o lava cake como bolo é mentir descaradamente. Isto aqui é muito melhor. É um petit gateau. E simplérrimo. A coisa mais inacreditável dele é a calda preta luxuosa que brota do centro (em doce ebulição).
Quase tão bom quanto é o fato de que ele pode ser feito antes, guardado na geladeira (ou até no congelador) e assado quando você bem entender.
Pode ser naquele dia em que a visita resolveu aparecer de última hora, sem aviso prévio. Ou pode ser numa dessas noites em que você decide que merece um mimo. Nessas horas, nada melhor do que morar sozinha.
Não há que pensar no que os outros querem comer. Dá pra ser completamente egoísta (sem culpa). E jantar este bolo luxúria com morangos carnudos.
Lava cake
Ingredientes
170g de chocolate meio amargo bem picado
170g de manteiga sem sal em cubos
170g de açúcar mascavo claro
85g de farinha de trigo
6 ovos batidos
Manteiga e cacau em pó para untar os ramequins
Modo de preparo
Unte 6 ramequins com a manteiga e depois polvilhe o cacau. Retire o excesso.
Derreta o chocolate com a manteiga em banho-maria, mexendo de vez em quando (nessas horas, um micro-ondas é mão na roda. Bem mais simples para derreter chocolate. Lembre só de deixar em potência baixa). Misture o açúcar e a farinha em uma tigela à parte. Junte o chocolate derretido (já mais frio), os ovos, a farinha e o açúcar, misture e divida o preparo entre os ramequins. Antes de assar, leve à geladeira por pelo menos uma hora, cobrindo os potes com filme plástico, sem encostar na massa (quando você assa a massa gelada, o calor do forno custa mais a penetrar no centro dos bolinhos, o que os deixará ainda mais pastosos). Preaqueça o forno a 180oC. Asse por 15 minutos ou até estarem firmes na borda e pastosos no centro. Retire do forno e deixe descansar por dois minutos.
Desenforme e coma imediatamente! Se estiver empolgada, sirva com sorvete de creme, creme de leite batido ou frutas vermelhas.
*Eles podem ficar na geladeira por vários dias. Podem também ser congelados. Se for o caso, deixe de 5 a 10 minutos a mais no forno.
9.12.14
A gente tem um monte de ideias pré-concebidas. Isso não pode. Isso não faço. Isso não combina com aquilo.
E é assim na vida, no trabalho, no amor. E na cozinha.
São vários nãos antecipados. Que fecham um monte de portas. Com certeza, fica de lado alguma experiência desagradável, o que é bom. Mas também perdemos coisas lindas. Essa poderia ser a história da receita de hoje.
Quando postei, quase todo mundo se assustou com a fava de baunilha ali no meio dos tomates. Mas, ó, desculpe te decepcionar. A combinação é perfeita. Quase como queijo e goiabada (deve ser a versão francesa dessa nossa delícia).
Compota de tomate-cereja e baunilha
Ingredientes
500g de tomates-cereja
1 boa pitada de sal
3 colheres (sopa) de açúcar cristal
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 fava de baunilha
Modo de preparo
Lave e seque os tomates e corte-os ao meio. Arrume-os com o lado da pele para baixo numa assadeira grande antiaderente e polvilhe com o sal e o açúcar. Reserve em temperatura ambiente enquanto adianta o azeite de baunilha.
Coloque o azeite numa tigela pequena. Corte a fava de baunilha no sentido do comprimento e raspe as sementes para dentro da tigela. Com uma colher de chá, misture as sementes com o azeite. Adicione a fava e deixe em infusão por 15 minutos. Preaqueça o forno a 120oC (meu forno é uma coisa e o mínimo não é assim tão baixo. Foi do jeito que deu).
Despeje a infusão de azeite (com a fava) sobre os tomates e leve ao forno por 50-60 minutos, checando com frequência. Quando cozidos, os tomates continuarão vermelhos, mas alguns ficarão um pouco escuros.
Sirva morna ou fria. Ela se mantém boa por só dois dias na geladeira. Então, faça quando for consumir.
Uma vez fria, transfira para um vidro, raspando o caramelo da assadeira, e tampe bem.
E é assim na vida, no trabalho, no amor. E na cozinha.
São vários nãos antecipados. Que fecham um monte de portas. Com certeza, fica de lado alguma experiência desagradável, o que é bom. Mas também perdemos coisas lindas. Essa poderia ser a história da receita de hoje.
Quando postei, quase todo mundo se assustou com a fava de baunilha ali no meio dos tomates. Mas, ó, desculpe te decepcionar. A combinação é perfeita. Quase como queijo e goiabada (deve ser a versão francesa dessa nossa delícia).
Compota de tomate-cereja e baunilha
Ingredientes
500g de tomates-cereja
1 boa pitada de sal
3 colheres (sopa) de açúcar cristal
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 fava de baunilha
Modo de preparo
Lave e seque os tomates e corte-os ao meio. Arrume-os com o lado da pele para baixo numa assadeira grande antiaderente e polvilhe com o sal e o açúcar. Reserve em temperatura ambiente enquanto adianta o azeite de baunilha.
Coloque o azeite numa tigela pequena. Corte a fava de baunilha no sentido do comprimento e raspe as sementes para dentro da tigela. Com uma colher de chá, misture as sementes com o azeite. Adicione a fava e deixe em infusão por 15 minutos. Preaqueça o forno a 120oC (meu forno é uma coisa e o mínimo não é assim tão baixo. Foi do jeito que deu).
Despeje a infusão de azeite (com a fava) sobre os tomates e leve ao forno por 50-60 minutos, checando com frequência. Quando cozidos, os tomates continuarão vermelhos, mas alguns ficarão um pouco escuros.
Sirva morna ou fria. Ela se mantém boa por só dois dias na geladeira. Então, faça quando for consumir.
Uma vez fria, transfira para um vidro, raspando o caramelo da assadeira, e tampe bem.
8.12.14
Tem algo de mágico em fazer geleia. É quase uma gravidez (rápida, é verdade, se comparada à tradicional), com direito a parto e tudo. No início, são frutas lindas, maduras. Minutos (ou horas) depois, elas se transformam em uma calda espessa e luxuosa. É incrível demais vê-las ganhando novas formas.
O processo me traz tanta felicidade que tenho vontade até de me banhar em geleia. :)
Sei. Pareço louca. De pedra (e sou mesmo). Mas é que adoro essas mutações que têm lugar quase que diariamente na cozinha. Tudo se aproveita. Tudo muda de cara. Tudo se recicla. Nós temos muito a aprender com as frutas... :)
Bom, quanto à geleia, um espetáculo. Divina. Pra comer de colher. Palmas para a autora, a Diana Henry (a receita saiu do livro dela Salgado, doce, defumado)
Geleia de manga, maracujá e limão
Ingredientes
8 maracujás maduros
1 1/4kg de manga madura descascada e em cubos
Suco e raspa de 8 limões
750g de açúcar cristal com pectina (não achei esse açúcar, então fiz sem - na segunda vez, acrescentei uma colher de sopa de pectina em pó: as duas versões deram certo)
Suco de 1 limão siciliano ou a gosto
Modo de preparo
Corte os maracujás ao meio e retire a polpa e o suco com uma colher. Coloque na panela em que vai fazer a geleia. Adicione as mangas, o suco de quatro limões e a raspa de todos os oito. Junte 500 ml de água e leve à fervura.
Reduza o fogo e cozinhe até que a fruta fique macia. Demora uns 15 minutos.
Adicione o açúcar (ou o açúcar mais a pectina em pó) e mexa de vez em quando até dissolver, depois aumente o fogo e deixe apurar bem, retirando as impurezas da superfície. Ferva até atingir o ponto (quando marcar 104,5oC no termômetro. Pra quem não tem, como eu, é só fazer o teste do pires*). Misture então o resto do suco de limão e o suco de limão siciliano a gosto.
Acho que, ao todo, foram quase duas horas com as frutas no fogo.
Deixe esfriar por sete minutos. Envasilhe em frascos esterilizados, quentes e secos (encha até a boca), cubra com um pedaço de papel manteiga e vede bem (ele ajuda a impedir a geleia de secar ou criar mofo). Dura um ano: mantenha na geladeira depois de aberta. A receita fala que rende quatro frascos de 225 g. A minha deu quase o dobro! Seja como for, prepare os potes, girl! Ah, e é sempre bom etiquetar os vidros. Vai que você esquece o que tem lá?
* O teste do pires é assim: ao começar a receita, coloque um pires no freezer. Para testar, coloque um pouco da geleia no pires frio e mantenha na geladeira por alguns minutos. Então, empurre-a com o dedo. Se ela estiver firmezinha, está pronta!
O processo me traz tanta felicidade que tenho vontade até de me banhar em geleia. :)
Sei. Pareço louca. De pedra (e sou mesmo). Mas é que adoro essas mutações que têm lugar quase que diariamente na cozinha. Tudo se aproveita. Tudo muda de cara. Tudo se recicla. Nós temos muito a aprender com as frutas... :)
Bom, quanto à geleia, um espetáculo. Divina. Pra comer de colher. Palmas para a autora, a Diana Henry (a receita saiu do livro dela Salgado, doce, defumado)
Geleia de manga, maracujá e limão
Ingredientes
8 maracujás maduros
1 1/4kg de manga madura descascada e em cubos
Suco e raspa de 8 limões
750g de açúcar cristal com pectina (não achei esse açúcar, então fiz sem - na segunda vez, acrescentei uma colher de sopa de pectina em pó: as duas versões deram certo)
Suco de 1 limão siciliano ou a gosto
Modo de preparo
Corte os maracujás ao meio e retire a polpa e o suco com uma colher. Coloque na panela em que vai fazer a geleia. Adicione as mangas, o suco de quatro limões e a raspa de todos os oito. Junte 500 ml de água e leve à fervura.
Reduza o fogo e cozinhe até que a fruta fique macia. Demora uns 15 minutos.
Adicione o açúcar (ou o açúcar mais a pectina em pó) e mexa de vez em quando até dissolver, depois aumente o fogo e deixe apurar bem, retirando as impurezas da superfície. Ferva até atingir o ponto (quando marcar 104,5oC no termômetro. Pra quem não tem, como eu, é só fazer o teste do pires*). Misture então o resto do suco de limão e o suco de limão siciliano a gosto.
Acho que, ao todo, foram quase duas horas com as frutas no fogo.
Deixe esfriar por sete minutos. Envasilhe em frascos esterilizados, quentes e secos (encha até a boca), cubra com um pedaço de papel manteiga e vede bem (ele ajuda a impedir a geleia de secar ou criar mofo). Dura um ano: mantenha na geladeira depois de aberta. A receita fala que rende quatro frascos de 225 g. A minha deu quase o dobro! Seja como for, prepare os potes, girl! Ah, e é sempre bom etiquetar os vidros. Vai que você esquece o que tem lá?
* O teste do pires é assim: ao começar a receita, coloque um pires no freezer. Para testar, coloque um pouco da geleia no pires frio e mantenha na geladeira por alguns minutos. Então, empurre-a com o dedo. Se ela estiver firmezinha, está pronta!
2.12.14
Uma das melhores partes de qualquer viagem é a comida. Sou quase obcecada com provar coisas novas, sentir aromas diferentes, testar combinações exóticas... Pra isso, é legal se planejar.
Não quer dizer que quem não se organiza obrigatoriamente come mal. Mas eu prefiro não contar com a sorte. Também não estou falando em determinar, antes de sair de casa, exatamente onde vai se fazer cada refeição. Menos. Basta pegar dicas com quem já esteve no lugar, ler um guia, fuçar blogs... E sair de casa com uma lista básica (de preferência, separada por bairros)! Assim, dependendo de aonde estiver passeando, já sabe o que tem de legal na região.
É claro que, eventualmente, eu viajo sem planejar nada. Por pura falta de tempo. E aí é parar onde houver vaga na hora em que bater a fome. Sem dramas. Numa dessas, dei uma sorte danada. E acabei comendo o melhor bacalhau da minha vida (em Lisboa, no Velho Macedo, por isso nomeei a receita assim). Um prato simples, em que o sabor do peixe fresco transformou a comida em manjar. E eu adoro isso.
Como um prato simples, fresco, pode ser muito melhor do que combinações loucas e dificílimas. Espero que gostem!
Bacalhau do Velho Macedo
Ingredientes
3 postas de bacalhau dessalgado (comprei Gadus Morhua)
9 batatas bolinhas (aquelas pequenas)
3 endívias
1 cabeça de alho
Azeite (bastante)
2 broas de milho
Modo de preparo
Descongele o bacalhau (o meu levou umas 36 horas) na geladeira. Perto da hora de levar tudo ao forno, primeiro cozinhe as batatas em uma panela com água e sal (a ideia é que elas fiquem cozidas, mas não molengas, no ponto de fazer purê, porque elas ainda vão ao forno). Escorra a água e reserve. Pegue uma assadeira grande, cubra o fundo com azeite de oliva e coloque o bacalhau, com a pele virada para baixo. Não é necessário temperá-lo. O sal que vem já é suficiente. Pegue a cabeça de alho inteira, corte o topo dela (na horizontal), para que parte superior da cabeça fique exposta ao calor e ao azeite (soltando seu temperinho). Adicione também as endívias higienizadas e as batatas já cozidas. Leve ao forno por 30 minutos (não assei com papel laminado por cima, pois meu forno não tem a função de grelhar. E aí meu peixe ficaria muito brancão). Espete o bacalhau com um garfo pra ter certeza de que ele está macio (pode fazer a mesma coisa com as endívias). Por último, bata a broa de milho no liquidificador. Ela vai virar uma farofa caroçuda. Jogue por cima do bacalhau e deixe no forno por mais cinco minutos. Esta receita é tão incrível que nem faz falta servir com arroz ou salada. Como diriam minhas amigas, pra comer de joelhos (serve bem três pessoas).
29.11.14
Algumas coisas nunca são demais. Por exemplo, receitas de cookies. É bom demais saborear, cada vez, uma versão diferente. Uma com gotas de chocolate; outra, com aveia... Mas, claro, temos sempre nossas favoritas. E as minhas, até o momento, são duas.
Uma, da Nigella, que é um cookie triplo de chocolate (já publicada aqui no blog). A outra é a receita de hoje, do Vinny, amigo da família! Ela é simples, mas supersaborosa! Sempre que faço, é sucesso completo (e imediato)!
Que tal mimar um pouco quem você ama com um cookie destes?
Cookies do Vinny
Ingredientes
2 xícaras + 2 colheres (sopa) de farinha de trigo peneirada
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ colher (chá) de sal
225g de manteiga sem sal
1 xícara (chá) de açúcar mascavo
½ xícara (chá) de açúcar cristal
1 ovo grande
1 gema de ovo grande
2 colheres (chá) de essência de baunilha
300g de gotas de chocolate
Modo de preparo
Em uma vasilha, junte a farinha, o sal e o bicarbonato. Na batedeira, misture a manteiga com os açúcares até formar um creme fofo. Depois, adicione o ovo. Por último, junte a gema e o extrato de baunilha, misturando sempre. Sem parar de mexer, coloque aos poucos a mistura de farinha, sal e bicarbonato. Por último, as gotas de chocolate. Ponha a massa na geladeira, coberta por filme plástico, de um dia para o outro. Quando for assar, ligue o forno no médio/baixo, retire a massa da geladeira ½ hora antes, cubra a assadeira com papel manteiga (eu uso o silpat), forme bolinhas, coloque na assadeira e pressione um pouco para que fique no formato de pequenos discos altos (também dá só para fazer as bolinhas e assar, porque o cookie vai amolecendo e fica do jeito que tem que ficar). Asse até começar a ficar dourado. Outra dica é abrir o forno e testar a consistência do cookie com o dedo. Se estiver mole, mas com a parte de cima mais resistente, pode tirar do forno. Tire do forno nesse ponto, mesmo achando que o biscoito vai desandar, senão fica seco. Deixe esfriar naturalmente, de preferência naquelas grades próprias para fins culinários.
Uma, da Nigella, que é um cookie triplo de chocolate (já publicada aqui no blog). A outra é a receita de hoje, do Vinny, amigo da família! Ela é simples, mas supersaborosa! Sempre que faço, é sucesso completo (e imediato)!
Que tal mimar um pouco quem você ama com um cookie destes?
Cookies do Vinny
Ingredientes
2 xícaras + 2 colheres (sopa) de farinha de trigo peneirada
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ colher (chá) de sal
225g de manteiga sem sal
1 xícara (chá) de açúcar mascavo
½ xícara (chá) de açúcar cristal
1 ovo grande
1 gema de ovo grande
2 colheres (chá) de essência de baunilha
300g de gotas de chocolate
Modo de preparo
Em uma vasilha, junte a farinha, o sal e o bicarbonato. Na batedeira, misture a manteiga com os açúcares até formar um creme fofo. Depois, adicione o ovo. Por último, junte a gema e o extrato de baunilha, misturando sempre. Sem parar de mexer, coloque aos poucos a mistura de farinha, sal e bicarbonato. Por último, as gotas de chocolate. Ponha a massa na geladeira, coberta por filme plástico, de um dia para o outro. Quando for assar, ligue o forno no médio/baixo, retire a massa da geladeira ½ hora antes, cubra a assadeira com papel manteiga (eu uso o silpat), forme bolinhas, coloque na assadeira e pressione um pouco para que fique no formato de pequenos discos altos (também dá só para fazer as bolinhas e assar, porque o cookie vai amolecendo e fica do jeito que tem que ficar). Asse até começar a ficar dourado. Outra dica é abrir o forno e testar a consistência do cookie com o dedo. Se estiver mole, mas com a parte de cima mais resistente, pode tirar do forno. Tire do forno nesse ponto, mesmo achando que o biscoito vai desandar, senão fica seco. Deixe esfriar naturalmente, de preferência naquelas grades próprias para fins culinários.
18.11.14
Achei que passaria os dias amparada por um guarda-chuva. Mas Seattle deve ter sentido pena de mim. Fui presenteada com dias lindos (ou então ela teve uma atitude egoísta apenas para garantir um feedback positivo no blog. Vai saber). Bem da verdade, dizem que lá nem chove tanto assim. Seja como for, esteve bom. Quer dizer, esteve ótimo.
Eu amei Seattle. Simples assim.
Cidade despretensiosa. Cool. Interessante. E cheia de programas legais.
Comece pelo começo e vá à Pioneer Square, onde Seattle nasceu. Ela não tem nada de incrível, visualmente falando. Já a história da cidade, que é contada ali, em um tour bem fora do comum, é demais! Quem chegou por lá primeiro viu muitas árvores, vegetação rasteira, penhascos, riachos e lama, um monte de lama. Mas o local logo virou um grande centro portuário, graças à profundidade das águas. Bom, aí vieram os trabalhadores, negociantes e as putas, claro. No início, poucas se aventuraram. A mais ousada entre elas, nem tão gata assim, virou lenda (adoro).
A cidade chegou a ser dividida em duas: de um lado, os nobres; do outro, os ferrados. E a divisão era bem ali.
Também houve um grande e grave incêndio e então veio a reconstrução. Em vez de madeira, tijolos e pedras; e a nova Seattle ficaria dois andares acima da original. Tudo isso você ouve no Underground Tour. Ele é imperdível porque você efetivamente caminha pela cidade antiga, no underground mesmo (ou o que sobrou dele). Há um passeio noturno que é o melhor de todos, com histórias ótimas sobre prostituição, drogas e assassinatos.
Sabe a UPS, os Correios dos Estados Unidos? Nasceram lá. No início, eram dois garotos, montados em bicicletas, fazendo entregas de ópio a uma prostituta de renome.
Já que está por ali, aproveite para passear pelos arredores. Há uma série de lojinhas fofas (é o caso da E. Smith Mercantile) e lugares descolados para comer.
Outro programa óbvio e absolutamente incrível é o Pike Place Market. Não, não é só uma feira com produtos frescos. É um mundo à parte (foi meu programa favorito na cidade).
Chegue cedo e tome café no The Crumpet Shop. Claro, peça um crumpet, algo entre uma panqueca e um bagel esponjoso. Lá também foi onde tomei o melhor chocolate quente da cidade.
Vá ao DeLaurenti’s Specialty Food Market, ao Beecher’s (queijos artesanais feitos ali) e ao Starbuck original! Ele fica ao lado do mercado e é legal até para quem não toma café, como eu. A logo original é uma sereia marrom bem mais rechonchuda (e com cara de bons amigos) que a atual photoshopada.
Apesar de nojenta, a parede de chicletes é um marco! Dê uma passada.
Seja como for, passe parte do seu dia por lá. Vale muito, muito.
Para uma vista arrasadora da cidade, vá ao Kerry Park.
Se tiver um domingo em Seattle, por favor vá a Ballard. Lá rola uma feirinha incrível! Flores, sabonetes, cidra, colares, verduras, carnes... Tudo lindo e bem apresentado por vendedores que são pura simpatia.
Mas antes de se aventurar por lá, pare para tomar café da manhã (é obrigatório!) no Cafe Besalu, simplesmente a melhor “padaria” da minha vida!!! Folhados de nectarina, pain au chocolate, salgados com cebolas e gruyére. Jesus! Inesquecível.
Voltando ao mercado... Não se prenda aos stands da feira. Por ali também há várias lojinhas interessantes, em meio ao mercado mesmo. Para morrer feliz, tome um milk-shake de salt caramel na Hot Cakes. Pronto. Já pode morrer.
Não perca o Chihuly Garden and Glass. Lindo, lindo, lindo.
E, claro, o Space Needle, cartão postal de Seattle.
Vamos comer?
Absolutamente maravilhoso é o Melrose Market, com stands de queijos, vinhos, frios e outras comidinhas gourmets. Lá, a loja Butter Home, no segundo andar, é imperdível. Coma no Sitka and Spruce, comida vegana mais diferente que já comi na vida (mas faça reserva antes).
Apesar de não ter sido chocantemente gostoso, recomendo um jantar no How to Cook a Wolf. Meu gnocchi estava bom!
Também vale comer um sanduíche bem diferente no Serious Pie & Biscuit.
Ó, tem muito mais em Seattle. Isso aqui é só o começo. Se joga, então!
Eu amei Seattle. Simples assim.
Cidade despretensiosa. Cool. Interessante. E cheia de programas legais.
Comece pelo começo e vá à Pioneer Square, onde Seattle nasceu. Ela não tem nada de incrível, visualmente falando. Já a história da cidade, que é contada ali, em um tour bem fora do comum, é demais! Quem chegou por lá primeiro viu muitas árvores, vegetação rasteira, penhascos, riachos e lama, um monte de lama. Mas o local logo virou um grande centro portuário, graças à profundidade das águas. Bom, aí vieram os trabalhadores, negociantes e as putas, claro. No início, poucas se aventuraram. A mais ousada entre elas, nem tão gata assim, virou lenda (adoro).
A cidade chegou a ser dividida em duas: de um lado, os nobres; do outro, os ferrados. E a divisão era bem ali.
Também houve um grande e grave incêndio e então veio a reconstrução. Em vez de madeira, tijolos e pedras; e a nova Seattle ficaria dois andares acima da original. Tudo isso você ouve no Underground Tour. Ele é imperdível porque você efetivamente caminha pela cidade antiga, no underground mesmo (ou o que sobrou dele). Há um passeio noturno que é o melhor de todos, com histórias ótimas sobre prostituição, drogas e assassinatos.
Sabe a UPS, os Correios dos Estados Unidos? Nasceram lá. No início, eram dois garotos, montados em bicicletas, fazendo entregas de ópio a uma prostituta de renome.
Já que está por ali, aproveite para passear pelos arredores. Há uma série de lojinhas fofas (é o caso da E. Smith Mercantile) e lugares descolados para comer.
Outro programa óbvio e absolutamente incrível é o Pike Place Market. Não, não é só uma feira com produtos frescos. É um mundo à parte (foi meu programa favorito na cidade).
Chegue cedo e tome café no The Crumpet Shop. Claro, peça um crumpet, algo entre uma panqueca e um bagel esponjoso. Lá também foi onde tomei o melhor chocolate quente da cidade.
Vá ao DeLaurenti’s Specialty Food Market, ao Beecher’s (queijos artesanais feitos ali) e ao Starbuck original! Ele fica ao lado do mercado e é legal até para quem não toma café, como eu. A logo original é uma sereia marrom bem mais rechonchuda (e com cara de bons amigos) que a atual photoshopada.
Apesar de nojenta, a parede de chicletes é um marco! Dê uma passada.
Seja como for, passe parte do seu dia por lá. Vale muito, muito.
Para uma vista arrasadora da cidade, vá ao Kerry Park.
Se tiver um domingo em Seattle, por favor vá a Ballard. Lá rola uma feirinha incrível! Flores, sabonetes, cidra, colares, verduras, carnes... Tudo lindo e bem apresentado por vendedores que são pura simpatia.
Mas antes de se aventurar por lá, pare para tomar café da manhã (é obrigatório!) no Cafe Besalu, simplesmente a melhor “padaria” da minha vida!!! Folhados de nectarina, pain au chocolate, salgados com cebolas e gruyére. Jesus! Inesquecível.
Voltando ao mercado... Não se prenda aos stands da feira. Por ali também há várias lojinhas interessantes, em meio ao mercado mesmo. Para morrer feliz, tome um milk-shake de salt caramel na Hot Cakes. Pronto. Já pode morrer.
Não perca o Chihuly Garden and Glass. Lindo, lindo, lindo.
E, claro, o Space Needle, cartão postal de Seattle.
Vamos comer?
Absolutamente maravilhoso é o Melrose Market, com stands de queijos, vinhos, frios e outras comidinhas gourmets. Lá, a loja Butter Home, no segundo andar, é imperdível. Coma no Sitka and Spruce, comida vegana mais diferente que já comi na vida (mas faça reserva antes).
Apesar de não ter sido chocantemente gostoso, recomendo um jantar no How to Cook a Wolf. Meu gnocchi estava bom!
Também vale comer um sanduíche bem diferente no Serious Pie & Biscuit.
Ó, tem muito mais em Seattle. Isso aqui é só o começo. Se joga, então!
20.10.14
Sabe aquele prato que só a sua mãe sabe fazer? Um bolo. Uma torta. Um assado. Inexplicavelmente bom, ele era (é) motivo de briga entre os irmãos.
Eu tenho a memória recheada de receitas marcantes. Mas nada que tenha gerado briga, afinal minha mãe sempre cozinhou quantidades inenarráveis de comida (apesar disso, cobrava com ardor que fôssemos todas magras).
Quando penso em uma receita que vale uns bons tapas (rs), imagino alguma coisa com calda de chocolate. Ou uma massa afogada em um molho dos deuses. Ou uma costelinha com farofa. Mas, acredite se quiser, há quem brigue por verdura.
É o caso desta receita.
Não que a couve-flor não seja incrível. Mas imaginar que dois adolescentes separavam flor por flor para ter certeza de que nenhum comeria mais do que o outro foi demais. Intrigada, decidi testá-la. E foi então que vi que, sim, é completamente compreensível brigar por verduras. Ainda que sejam assadas, não fritas. E que não levem um grama sequer de manteiga.
Duvida?
Então, faça esta receita em casa e depois me diga o que achou.
E as sobras podem ser convertidas em sopa. Basta bater no processador a couve-flor não devorada com caldo de legumes ou água e um pouco de creme de leite, até chegar na textura desejada. Reaqueça e sirva com um pouco de salsinha fresca.
Couve-flor assada
Ingredientes
1 couve-flor
1/6 (copo americano) de azeite de oliva
1 colher (chá) de tomilho fresco (ou 1/2 colher bem servida de tomilho seco)
1 pitada de sal
Pimenta do reino
Modo de preparo
Pré-aqueça o forno a 200° graus. Forre um tabuleiro grande com papel manteiga ou alumínio. Retire as folhas da couve-flor. Corte as flores e descarte os caules mais duros. Ponha tudo em uma vasilha grande. Junte o azeite, o tomilho, o sal e a pimenta. Misture bem. A ideia é garantir que o azeite umedeça todas as flores. Espalhe no tabuleiro (elas não devem se sobrepor). Isso permite que elas caramelizem direito. Asse no forno por uma hora aproximadamente ou até as pontas das flores estarem tostadas. Sirva assim ou com algum molho de iogurte ou tahini.
Eu tenho a memória recheada de receitas marcantes. Mas nada que tenha gerado briga, afinal minha mãe sempre cozinhou quantidades inenarráveis de comida (apesar disso, cobrava com ardor que fôssemos todas magras).
Quando penso em uma receita que vale uns bons tapas (rs), imagino alguma coisa com calda de chocolate. Ou uma massa afogada em um molho dos deuses. Ou uma costelinha com farofa. Mas, acredite se quiser, há quem brigue por verdura.
É o caso desta receita.
Não que a couve-flor não seja incrível. Mas imaginar que dois adolescentes separavam flor por flor para ter certeza de que nenhum comeria mais do que o outro foi demais. Intrigada, decidi testá-la. E foi então que vi que, sim, é completamente compreensível brigar por verduras. Ainda que sejam assadas, não fritas. E que não levem um grama sequer de manteiga.
Duvida?
Então, faça esta receita em casa e depois me diga o que achou.
E as sobras podem ser convertidas em sopa. Basta bater no processador a couve-flor não devorada com caldo de legumes ou água e um pouco de creme de leite, até chegar na textura desejada. Reaqueça e sirva com um pouco de salsinha fresca.
Couve-flor assada
Ingredientes
1 couve-flor
1/6 (copo americano) de azeite de oliva
1 colher (chá) de tomilho fresco (ou 1/2 colher bem servida de tomilho seco)
1 pitada de sal
Pimenta do reino
Modo de preparo
Pré-aqueça o forno a 200° graus. Forre um tabuleiro grande com papel manteiga ou alumínio. Retire as folhas da couve-flor. Corte as flores e descarte os caules mais duros. Ponha tudo em uma vasilha grande. Junte o azeite, o tomilho, o sal e a pimenta. Misture bem. A ideia é garantir que o azeite umedeça todas as flores. Espalhe no tabuleiro (elas não devem se sobrepor). Isso permite que elas caramelizem direito. Asse no forno por uma hora aproximadamente ou até as pontas das flores estarem tostadas. Sirva assim ou com algum molho de iogurte ou tahini.
6.10.14
Eu esperava chegar lá e encontrar uma cidade grande. E o que encontrei foi uma cidade relativamente pacata, com ares de interior.
Esperava uma cidade recheada de restaurantes maravilhosos. Mas pouca coisa surpreendeu meu paladar.
Esperava ver uma cidade verde. Certo, em partes, graças ao lindo Stanley Park.
Imaginava uma cidade bem cuidada. Mas vi muito mais gente dormindo na rua do que poderia imaginar.
E tinha também o cheiro de maconha. Por todas as partes.
Essa é a Vancouver que vi.
E não por isso eu me decepcionei com a cidade. Acho que encontrar essa outra realidade me fez lembrar que nem sempre a beleza é óbvia. Seja como for, a cidade canadense tem programas ótimos.
Gastown é uma gracinha de bairro, mas basta uma hora por lá para ver tudo. O relógio a vapor tem seu charme. As ruas são bem cuidadas. O almoço no The Flying Pig foi gostoso. Assim como a experiência no Salt Tasting Room. Gostei da cara de outro local, mas não havia espaço no estômago para provar: Nicli Antica Pizzeria.
E tem uma ou outra loja legal (é o caso da Örling & Wu, da Old Faithful Shop, um arraso de linda!, e da Kimprints, cheia de quadros e pôsteres legais). Mas nada de cair o queixo.
A Chinatown de lá é caída, sem graça. E está cheia de pessoas esquisitas (aliás, elas estão por toda Vancouver). Melhor nem perder seu tempo. Já o Stanley Park é um arraso.
E andar por lá de bicicleta, o passeio perfeito. Dá para visitar os totens, a Girl in Wetsuit, a ponte Lions Gate e a Hollow Tree.
Dá para ir longe com sua bike (já deixando o parque e seguindo pela orla da cidade), viu?!
Assim que devolver a magrela e antes de seguir para o próximo "compromisso", pare no restaurante White Spot e coma uma porção de batata doce frita por mim! Ah, aproveite e prove a famosa poutine, prato típico do Canadá (que nada mais é do que batata frita com molho e queijo derretido por cima)!
Se tem um programa imperdível em Vancouver é a Capilano Suspension Bridge.
É caro para entrar, mas vale cada centavo. Lugar lindo, ponte espetacular!
A Granville Island é outro local bem bacana.
Tudo bem. O mercado de comidas não é lá essas coisas, muitas lojas lá deixam a desejar (com exceção da Paper-Ya, de morrer!), mas ainda assim vale a visita (eu sei. Pareço esquizofrênica. Mas é que amo mercados e feiras de comida).
Eu só não curti o tasting de cervejas da Granville Island Brewing! Estavam chocas!
Bem pertinho dali, quatro dicas imperdíveis: a Beaucoup Bakery (melhor café da manhã em Vancouver), uma livraria só com obras de culinária (Barbara-Jo's Books to Cooks), ao lado uma pâtisserie deusa e uma loja com queijos incríveis (Les Amis Du Fromage)!
O passeio pelo Queen Elizabeth Park é relaxante!
De lá, você tem uma vista boa, mas não excelente, da cidade. Se tiver poucos dias em Vancouver, pule esse programa.
Para babar até esgotar a saliva, vá ao Museu de Antropologia! Lindo, lindo, lindo!
O passeio por Yaletown é legal, mas curto. Parece até um repeteco de Gastown! O lance por lá é comer. Então, já que é esse o esquema, vá ao Minami - para uma comida japonesa dos deuses!
E tem mais um programa must do. Andar de caiaque! Melhor visû ever! Natureza pura! Só quem vai, sabe o que se sente.
De resto, eu sugiro passear pela Robston Street, ótima para compras! Lá estão lojas como Lush, Victoria Secret, Zara, Banana Republic e Steve Madden.
Agora, um complemento importantíssimo: comidas! Se gostar de chocolate quente, não deixe de provar a versão do Mink Chocolates Café.
Para quem procura um cachorro quente diferentérrimo, a dica é o Japadog!
Se curte donuts e quer provar combinações inusitadas (tipo whisky com bacon ou o mole mexicano) que deram certo, seu destino é a Cartems Donuterie!
Para doces finos, Ganache Patisserie.
Mas se você é como eu e quer mesmo é viver uma revolução de sabores, cheiros e sensações, vá de Vij's. Inenarrável.
É isso! Obrigada, Vancouver!
Esperava uma cidade recheada de restaurantes maravilhosos. Mas pouca coisa surpreendeu meu paladar.
Esperava ver uma cidade verde. Certo, em partes, graças ao lindo Stanley Park.
Imaginava uma cidade bem cuidada. Mas vi muito mais gente dormindo na rua do que poderia imaginar.
E tinha também o cheiro de maconha. Por todas as partes.
Essa é a Vancouver que vi.
E não por isso eu me decepcionei com a cidade. Acho que encontrar essa outra realidade me fez lembrar que nem sempre a beleza é óbvia. Seja como for, a cidade canadense tem programas ótimos.
Gastown é uma gracinha de bairro, mas basta uma hora por lá para ver tudo. O relógio a vapor tem seu charme. As ruas são bem cuidadas. O almoço no The Flying Pig foi gostoso. Assim como a experiência no Salt Tasting Room. Gostei da cara de outro local, mas não havia espaço no estômago para provar: Nicli Antica Pizzeria.
E tem uma ou outra loja legal (é o caso da Örling & Wu, da Old Faithful Shop, um arraso de linda!, e da Kimprints, cheia de quadros e pôsteres legais). Mas nada de cair o queixo.
A Chinatown de lá é caída, sem graça. E está cheia de pessoas esquisitas (aliás, elas estão por toda Vancouver). Melhor nem perder seu tempo. Já o Stanley Park é um arraso.
E andar por lá de bicicleta, o passeio perfeito. Dá para visitar os totens, a Girl in Wetsuit, a ponte Lions Gate e a Hollow Tree.
Dá para ir longe com sua bike (já deixando o parque e seguindo pela orla da cidade), viu?!
Assim que devolver a magrela e antes de seguir para o próximo "compromisso", pare no restaurante White Spot e coma uma porção de batata doce frita por mim! Ah, aproveite e prove a famosa poutine, prato típico do Canadá (que nada mais é do que batata frita com molho e queijo derretido por cima)!
Se tem um programa imperdível em Vancouver é a Capilano Suspension Bridge.
É caro para entrar, mas vale cada centavo. Lugar lindo, ponte espetacular!
A Granville Island é outro local bem bacana.
Tudo bem. O mercado de comidas não é lá essas coisas, muitas lojas lá deixam a desejar (com exceção da Paper-Ya, de morrer!), mas ainda assim vale a visita (eu sei. Pareço esquizofrênica. Mas é que amo mercados e feiras de comida).
Eu só não curti o tasting de cervejas da Granville Island Brewing! Estavam chocas!
Bem pertinho dali, quatro dicas imperdíveis: a Beaucoup Bakery (melhor café da manhã em Vancouver), uma livraria só com obras de culinária (Barbara-Jo's Books to Cooks), ao lado uma pâtisserie deusa e uma loja com queijos incríveis (Les Amis Du Fromage)!
O passeio pelo Queen Elizabeth Park é relaxante!
De lá, você tem uma vista boa, mas não excelente, da cidade. Se tiver poucos dias em Vancouver, pule esse programa.
Para babar até esgotar a saliva, vá ao Museu de Antropologia! Lindo, lindo, lindo!
O passeio por Yaletown é legal, mas curto. Parece até um repeteco de Gastown! O lance por lá é comer. Então, já que é esse o esquema, vá ao Minami - para uma comida japonesa dos deuses!
E tem mais um programa must do. Andar de caiaque! Melhor visû ever! Natureza pura! Só quem vai, sabe o que se sente.
De resto, eu sugiro passear pela Robston Street, ótima para compras! Lá estão lojas como Lush, Victoria Secret, Zara, Banana Republic e Steve Madden.
Agora, um complemento importantíssimo: comidas! Se gostar de chocolate quente, não deixe de provar a versão do Mink Chocolates Café.
Para quem procura um cachorro quente diferentérrimo, a dica é o Japadog!
Se curte donuts e quer provar combinações inusitadas (tipo whisky com bacon ou o mole mexicano) que deram certo, seu destino é a Cartems Donuterie!
Para doces finos, Ganache Patisserie.
Mas se você é como eu e quer mesmo é viver uma revolução de sabores, cheiros e sensações, vá de Vij's. Inenarrável.
É isso! Obrigada, Vancouver!